quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Nova máquina acaba com risco de mutilação dos produtores de sisal

Os acidentes com mutilação eram comuns durante a utilização da máquina que separa as fibras de sisal do resto da planta. A 'Paraibana', como é chamada, foi desenvolvida há mais de trinta anos e era utilizada até hoje. Ela é responsável pela perda da mão ou de parte dos dedos de cerca de dois mil trabalhadores baianos, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O agricultor Rivailton Silva, morador da zona rural de Valente, contou que na família dele duas pessoas sofreram acidentes com a máquina. "Bastava uma distração e pronto, a pessoas perdiam o dedo ou a mão. Meu irmão e meu primo estão assim e não conseguem mais trabalhar. Com o novo equipamento é impossível acontecer isso".

A nova máquina desfibradora, que é à prova de acidentes mutiladores, possui um dispositivo de inversão do sentido de rotação dos cilindros. Assim que a mão chega ao limite de segurança e toca o dispositivo, a rotação é invertida, expelindo o sisal e empurrando a mão para traz.

A máquina foi desenvolvida por um agricultor e mecânico autodidata José Faustino Santos. Ele estudou até a 7ª série do ensino fundamental, mas com a prática em mecânica e boas idéias criou o novo modelo, batizado de 'Faustino 5' em sua homenagem.

Além de mais segura, a 'Faustino 5' é 51 quilos mais leve que a 'Paraibana', gasta menos combustível e não usa água no sistema de resfriamento, o que facilita a utilização em locais com poucos recursos hídricos. Segundo o ministro Guilherme Cassel, a máquina traz novas perspectivas para os produtores e elimina um problema histórico.
A secretária da Casa Civil, Eva Chiavon, enfatizou que a máquina tem sua produtividade testada e, por isso, "dessa atividade do sisal não sairão mais homens mutilados".

Fonte:
Agência de Comunicação da Bahia
http://www.agrosoft.org.br/agropag/215621.htm

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