quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Acidentes de trabalho mataram 12


Setor de construção civil foi o que registrou o maior número de ocorrências deste tipo.
Dos 25 acidentes de trabalho com causas graves analisados pela Superintendência Regional do Trabalho da Paraíba (SRTE-PB) em 2010, 12 casos resultaram em vítimas fatais. O setor de Construção Civil foi à área com maior número de acidentes desta modalidade, respondendo por 48% dos casos, com seis mortes. Em segundo lugar, vem o comércio varejista de móveis e eletrodomésticos, com cinco ocorrências, sendo duas fatais.
O chefe do Núcleo de Segurança e Saúde do Trabalhador da SRTE-PB, Clóvis Silveira Costa, afirma que a Superintendência  trabalha com um número muito reduzido de agentes, o que dificulta o acompanhamento dos casos. "São apenas 13 agentes para atuar em toda a Paraíba, só da área de segurança e saúde. Mesmo assim, conseguimos realizar 1.442 inspeções em diversos estabelecimentos pelo estado", ressaltou.
Durante o ano, explica Clóvis Silveira, o Ministério do Trabalho realiza ações preventivas, para tentar corrigir os problemas antes que aconteça um acidente. "Nossos trabalhos foram focados nas áreas da Construção Civil, incluindo-se as marmoarias e a indústria do concreto, e também nas indústrias de transformação, nas áreas têxteis e de calçados, bebidas e alimentos. Estas são as áreas onde os trabalhadores exercem atividades onde existem maiores riscos", diz.
Ao realizar uma apuração da situação da segurança das empresas, os agentes da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da Paraíba tem em suas atribuições o poder de notificar, autuar ou embargar o funcionamento de uma empresa. "Neste caso, envia-se um relatório que é encaminhado ao Ministério do Trabalho, onde pode existir a cobrança de multas de infrações", afirmou.
Tão importante quanto registrar o acidente de trabalho, Clóvis Silveira afirma que é primordial discutir como é realizado todo o processo dos acidentes de trabalho com os profissionais de cada área, junto aos ambientes de trabalho em que eles atuam no dia-a-dia. "Esta discussão tem o objetivo de se evitar que voltem a ocorrer situações iguais ou parecidas nesse ambiente, ou seja, para que esses profissionais possam agir de forma preventiva e não apenas combativa", diz.
Para ele, as empresas devem encarar o gasto com a segurança dos funcionários como um investimento, e que os empresários não devem fechar os olhos para o problema. "O conhecimento das formas de prevenção hoje já está em um nível tão alto que se houver investimentos, muitos destes acidentes podem ser evitados. O que acontece, no entanto é que infelizmente estas medidas não são colocados em prática", destaca.
Por: Rafael Oliveira // rafaeloliveira.pb@dabr.com.br

 

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