sexta-feira, 8 de abril de 2011

Acessibilidade valoriza o mercado imobiliário


Adequar o imóvel para portadores de necessidade especial, idosos, gestantes, acidentados e pessoas que tenham alguma privação na locomoção acelera as operações de compra e venda, bem como agiliza o processo de locação. Proporcionar acessibilidade ao espaço construído significa garantir a cidadania e aceitar a diversidade.
Quando o imóvel é adaptado a sua liquidez e a comercialização ocorrem com maior facilidade, democratiza o acesso e fideliza o cliente. Paradoxalmente, temos assistido a uma situação na qual parte da população é, literalmente, barrada nos espaços públicos e privados, nos edifícios e nos locais de convívio.
De acordo com dados do IBGE, há cerca de 35 milhões de brasileiros portadores de necessidades especiais: 48% são deficientes visuais, 27% são deficientes físicos, 16% têm algum tipo de deficiência mental e 8% são deficientes auditivos. Os espaços em que se procura reduzir as barreiras para esse grupo social são os mais diversos: residências, ruas, meios de transporte, mobiliários urbano, escola, empresas, e mesmo a internet.
A chave para atingir esse objetivo está no conceito de acessibilidade. Segundo os profissionais que lidam com a questão, alcançar consenso em torno deste conceito deve ser uma das prioridades.
O empresário da construção civil deve observar este nicho de mercado, bem como a responsabilidade social, um imóvel com mais acessórios funcionais tem sido o sucesso do mercado imobiliário. Detalhes como a substituição de degraus por rampas pouco inclinadas, pisos antiderrapantes, barras de apoio e áreas de circulação já propiciam conforto e segurança.
Um avanço neste sentido foi a criação do Programa Nacional de Acessibilidade que prevê a capacitação e especialização de técnicos e agentes sociais em acessibilidade, campanhas educativas e fiscalização das leis.
Não adianta termos acessibilidade pela metade. Ou seja, a colocação somente das rampas garantem o acesso dos deficientes físicos até o acesso do local, mas será que ele conseguirá entrar por aquela porta comum (normalmente as cadeiras de rodas não passam nas portas consideradas normais)? Será que ele terá acesso ao banheiro do local? Estes questionamentos devem ser levados em consideração no momento da elaboração de um projeto de edificação, pois, os consumidores estão mais exigentes e atentos ao mercado imobiliário.
Rômulo Soares é presidente do CRECI-PB, Conselheiro Federal e Membro Titular do Conselho Fiscal do COFECI, administrador de empresas e advogado; com pós-gradução em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Gama Filho (RJ); em Direito Difuso e Coletivo, pela Fundação Escola Superior do Ministério Público – FESMIPB.
Fonte:Revista Edificar

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