segunda-feira, 6 de junho de 2011

Estudo analisa tarefas de copeiros em cozinha hospitalar


Nos hospitais há diversos tipos de profissionais com turnos contínuos, devido a tratamentos, cirurgias e acompanhamentos de pacientes, o que por vezes gera condições de trabalho inadequadas. Nas cozinhas hospitalares não é diferente: há prestação de serviço diária e ininterrupta aos pacientes.

As atividades exigem rapidez, exatidão e sincronia da equipe. Dependendo da função e local, os trabalhadores são submetidos a fatores de risco ambientais e de organização do trabalho, como ruídos, umidade, riscos de acidentes, esforços físico e mental, ritmo de trabalho intenso, monótono e repetitivo com sobrecargas musculares. Os absenteísmos e afastamentos de trabalhadores de uma cozinha hospitalar se devem principalmente a doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo.

Entre os profissionais de uma cozinha hospitalar estão os copeiros, que realizam atividades predominantemente em pé, movimentos repetitivos e que exigem força muscular. Eles são responsáveis por preparar e entregar comida em bandejas no desjejum, almoço, café e janta; higienizar carros de transporte de refeições e preparar sacos de talheres e guardanapos. A ocorrência de doenças e de acidentes apresenta uma estreita relação com as condições ergonômicas existentes nessa função específica. Vários estudos epidemiológicos apresentam os profissionais que trabalham em hospitais com problemas musculoesqueléticos, pois é um local em que a postura predominante é a de pé. Além disso, as funções de empurrar, puxar, carregar peso são comuns nesse ambiente.

Para melhorar condições de trabalho, segurança e conforto de profissionais, deve ser feita uma AET (Análise Ergonômica do Trabalho). Assim, pode-se analisar o trabalho e determinar as informações que um trabalhador dispõe para realizar seu trabalho, definindo características essenciais de uma nova situação de trabalho (dispositivos técnicos, meios de trabalho, ambiente e organização de trabalho, além de competências e de representações dos trabalhadores).
Georgia Raymundo e Cláudia Dias Ollay

Fonte: Revista Proteção.
Foto: Georgia Raymundo

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