Arlindo Júnior – Jornalista e Publicitário
Novas
necessidades de consumo e de relacionamento, fragmentação da mídia, corte nos
custos e nas verbas, consumidor consciente e mutável (ou não), tecnologia
avançando em passos largos, economia brasileira estável, concorrência e
competição implacável, retorno sobre investimento, sustentabilidade, modismos,
tendências e um sem-número de fatores são pólvora na bomba que está nas mãos
dos profissionais de marketing. Parece clichê dizer que o mundo está em
constante mudança e, consequentemente, as pessoas, sendo que cada indivíduo tem
o seu papel na sociedade.
As
pessoas mudam com o passar do tempo e nosso tema é RESPONSABILIDADE PESSOAL, um
termo que nos parece muito mais adequado que o já popular – e muitas vezes mal
utilizado – RESPONSABILIDADE SOCIAL. Responsabilidade social deriva diretamente
da RESPONSABILIDADE PESSOAL. Mas quero falar principalmente da essência da
pessoa do profissional de marketing, que possa ser capaz de agir por meio de
seus valores pessoais, para que eles interfiram nas decisões da organização, na
construção de um ambiente e de uma sociedade mais saudável para todos.
Na
realidade, a responsabilidade social só se realiza quando se tem a certeza de
que a responsabilidade, a ética e os princípios pessoais são mais importantes
que, por exemplo, os salários e as relações de poder. Ser uma pessoa
responsável é ser ético e transparente; é ter clareza que suas decisões e ações
impactam os outros e, por consequência, toda a sociedade; é ser íntegro e
construir relacionamentos com base em princípios e valores universais; é
consumir de forma consciente, preservando os recursos ambientais para gerações
futuras; é contribuir para a redução das desigualdades sociais.
OS SEIS PASSOS PARA O PROFISSIONAL DE MARKETING
Nos
passos apresentados a seguir encontramos as habilidades que o profissional de
marketing deve possuir e desenvolver para realizar seu trabalho com eficiência
e responsabilidade.
Empreendedorismo
Ser empreendedor é
experimentar novas ideias para a solução de velhos problemas, entendendo
problema sempre como uma oportunidade. É realizar de fato e fazer existir
produtos ou meios de produção.
Ética
Ser ético não é uma
habilidade a ser alcançada ou que se aprende, mas sim uma característica
individual que deve ser encontrada e lapidada dia-a-dia.
Transparência
A liberdade está na
verdade dos acontecimentos, e ser transparente é uma forma de não compactuar
com as várias interpretações dos envolvidos. O profissional, seja da atividade
que for, deve saber ser justo e sincero, única forma de neutralizar riscos,
pois cria vínculos de confiança e lealdade.
Liderança
Existem muitas
teorias sobre a liderança, e todas possuem pontos em comum. O principal deles é
que o verdadeiro líder em qualquer situação é ele mesmo. Os executivos
responsáveis, principalmente os envolvidos com a área de marketing, devem impor
seu estilo, sua marca, sua alma, e os sentimentos que movimentam essas decisões
são a paixão pelo negócio e o acreditar na empresa.
Criatividade
A criatividade está
ligada ao interesse e à curiosidade, ou seja, uma pessoa criativa possui
repertório, consegue transformar essas informações em conhecimento e, portanto,
encontrar rapidamente soluções criativas para uma situação-limite, seja um
problema ou uma oportunidade.
Competência
Começo, meio e fim é
a sequência natural exigida para a mobilização de recursos dentro de uma
empresa. A combinação de conhecimentos, ou seja, flexibilidade e alinhamento
estratégicos favorecem as tomadas de decisões perante as urgências da solução,
ou seja, a operação da eficiência e da competitividade.
Concordamos que não é
uma novidade querer justificar para as pessoas e instituições a importância das
seis habilidades apontadas neste texto. Muitos autores já escreveram
profundamente sobre todas elas, inclusive sobre os conceitos e ações que cada
uma traz em sua essência, e é bastante comum nos depararmos com esses temas
sendo trabalhados em convenções e campanhas de incentivo internas.
A verdade é que em
maior ou menor grau, a qualidade dos relacionamentos humanos dentro das
instituições, transformou-se no desafio do século XXI. Se a razão do advento
tecnológico veio da necessidade do homem melhorar seu desempenho no trabalho e
com isto, aumentar o tempo dedicado aos relacionamentos interpessoais, nosso
objetivo é valorizar a qualidade desse profissional que atua diretamente sobre
a qualidade das relações entre as pessoas e delas com as coisas e com as
ideias. Portanto, é responsabilidade da pessoa desse profissional viver seus
valores positivos de forma integral, e assim, participar de uma geração mais
saudável.
Por Arlindo Júnior –
pesquisa e fonte: www.aba.com.br
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