quarta-feira, 20 de junho de 2012

Entendendo as lesões e doenças ocupacionais nas empresas




* Por Eli Almeida
   Campina Grande/PB

Em se tratando de prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais, neste caso, para nós, profissionais de segurança do trabalho, alguns há anos na atividade, outros com menos tempo nela, mas para ambos sempre é enriquecedor o conhecimento técnico para que se possa atuar com eficiência na prevenção. Para isso, precisamos entender como os acidentes de trabalho estão acontecendo nas empresas. Sendo assim, é importante criar meios de controle, tendo como foco a redução das lesões nas pessoas, originadas no ambiente laboral. Entretanto, podemos destacar como fatores contribuintes para que estes acidentes estejam acontecendo, o comportamento humano adotado pelas pessoas no desenvolvimento de suas atividades, entre eles a pressa, a improvisação, bem como o excesso de confiança, assim como o presumir e a exceção. Situações presenciadas por nós no cotidiano ocupacional nas empresas.

Percebe-se, também, para o surgimento destas lesões no trabalho, aliás, um aspecto que não podemos excluir, são as atitudes das pessoas em não querer executar corretamente as operações que a atividade requer. Na verdade, as pessoas não adotam procedimentos corretos. Com isso, esquecem, inclusive, de se protegerem contra doenças e acidentes, tudo pela ausência de procedimentos adequados. E neste contexto podemos incluir o não uso de equipamentos de proteção individual, ausência de medidas de proteção coletiva no local de trabalho, inexistência de medidas administrativas, além da falta de treinamentos das pessoas sobre segurança no trabalho, entre outros.

Completando o ciclo de fatores que contribuem, tanto para os acidentes, quanto para as doenças ocupacionais, surgem às condições de trabalho, ou seja, como é o ambiente em que as pessoas estão realizando suas atividades laborais, isto dentro de uma jornada de trabalho diária e ao longo de anos nesta atividade. Será que partes giratórias de máquinas estão protegidas? Ou ainda se existe ruído além do permitido? Se as ferramentas e equipamentos estão em boas condições de uso? E como estar às instalações prediais, ela oferece segurança às pessoas?

Aliás, é dentro destas condições, que identificamos os perigos relativos ao trabalho, bem como os riscos em que os funcionários estão se expondo. Podemos definir que um perigo ocupacional seja uma condição que tenha o potencial para causar danos ao trabalhador, já com relação ao risco devemos avaliar a possibilidade de dano que um perigo possa provocar na saúde e segurança do trabalhador. Sobre o perigo no ambiente ocupacional podemos dividir ele em duas áreas: Uma em perigos operacionais, aqueles que causam acidentes e outra em perigos ambientais, os que geram as doenças ocupacionais.

Diante destes perigos identificados qualitativamente ou quantitativamente nos postos de trabalho, podemos perceber de que maneira os trabalhadores estão se expondo a eles e conseqüentemente quais lesões poderão sofrer. Embora tenhamos essa preocupação os acidentes podem acontecer, e para isto muitas das vezes, o trabalhador facilita sua exposição ao perigo. O ideal, e é isso que desejamos, é que as pessoas não sofram acidentes, mas para isso elas precisam adotar atitudes que dificultem sua exposição ao perigo. E uma dessas atitudes defendida é o uso do equipamento de proteção individual, assim como fazer o procedimento da atividade correta, isso ajuda a dificultar as lesões no trabalho.

Além da exposição a perigos por meio de comportamentos inadequados, a falta de conscientização das pessoas, baixo investimento em equipamentos de proteção coletiva, ausência de proteções em máquinas e equipamentos, inexistência de treinamentos para operações em máquinas e equipamentos e o não uso de equipamentos de proteção individual, são fatores preponderantes, também, para a ocorrência de acidentes nos locais de trabalho.

E o que as empresas devem fazer para que perigos não ocasionem lesões em seus empregados? Ela deve promover treinamentos constantes de segurança e saúde no trabalho, investir em medidas de proteção coletiva, criar mecanismos para o uso dos equipamentos de proteção individual ou coletivo. Caso ela não tenha esta preocupação definida em uma política de saúde e de segurança as conseqüências destes perigos serão de danos à saúde e segurança dos trabalhadores. Já para a empresa os danos podem ocorrer em suas instalações, judicialmente, além de mostrar uma imagem negativa dela perante a sociedade. 

*Técnico em Segurança no Trabalho, graduado em Comunicação Social, Especialista em Gestão Ambiental na Indústria, Analista Corporativo em Segurança no Trabalho.

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