Elas são suspeitas de fraudes em licitações que teriam desviado R$ 400 milhões de reais dos cofres públicos, principalmente do Ministério do Trabalho.
Uma operação da Polícia Federal em 11 estados e no Distrito Federal prendeu 22 suspeitos de fraudes em licitações que teriam desviado R$ 400 milhões dos cofres públicos - principalmente, do Ministério do Trabalho.
O Instituto Mundial do Desenvolvimento e da Cidadania funciona em um prédio na zona sul de Belo Horizonte, onde a Polícia Federal, a Receita Federal e a Controladoria Geral da União fizeram buscas e apreenderam documentos.
Segundo as investigações, o instituto recebia dinheiro público e firmava parcerias para a realização de projetos culturais, sociais e cursos profissionalizantes superfaturados.
“Ficou comprovado que ele não tinha nenhuma capacidade operacional para prestar esses cursos. Enfim, era uma entidade meramente de fachada, uma entidade fantasma e o que de modo geral seria do conhecimento sim dos prefeitos”, apontou o procurador de Justiça André Vasconcelos.
Em Minas, sete prefeituras e um instituto estadual são investigados. E o governo do estado já rescindiu os contratos.
De acordo com a Polícia Federal, há suspeita de fraude na contratação ou na execução de todas as prestações de serviço, sem exceção, desde o início do monitoramento. O presidente do instituto, Deivison Oliveira Vidal, foi preso em casa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Foi preso também o superintendente de administração da Federação das Indústrias de Minas Gerais, Nelson de Souza Filho, suspeito de contratar o instituto em projetos superfaturados.
“Os investigados responderão pelos crimes de falsidade ideológica, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e peculato”, disse Marcelo Freitas, delegado da PF.
Em um dos projetos investigados, segundo a polícia, Simone Vasconcelos, ex-braço direito de Marcos Valério, o operador do mensalão, teria emitido notas fiscais frias de locação de veículos.
Na casa dela foram apreendidos R$ 130 mil em dinheiro. Ela foi ouvida e liberada.
O advogado de Simone Vasconcelos informou que ela foi chamada a prestar esclarecimentos - e que tem os comprovantes da realização dos serviços de locação de veículos em nome do instituto - a pedido da Fiemg.
A Fiemg declarou que está colaborando com as autoridades e que não é investigada.
Reportagens com vídeos
Parte 01
Parte 02
Nenhum comentário:
Postar um comentário