Voluntário e baldinhos já foram a principal forma de combate ao fogo.
O fogo sempre foi uma grande ameaça para a humanidade. Quando os homens eram nômades, eles simplesmente fugiam das chamas. Mas, a partir do momento em que se fixou, surgiu a necessidade de combatê-lo quando ele ameaçava o patrimônio. Era, então, o início de uma longa luta. Como o combate a incêncios era uma tarefa quase impossível até poucos séculos atrás, durante muito tempo a aposta foi a prevenção.
Na Roma antiga, uma lei exigia que as casas, de madeira, fossem contruídas mais separadas umas das outras. Além disso, todas as moradias eram obrigadas a ter cisternas. Foi em Roma também que surgiram os vigiles, homens que patrulhavam as ruas para impedir o surgimento do fogo. Eles formaram a primeira organização de combate a incêndios de que se tem notícias.
É claro que , mesmo prevenindo, muitas vezes era necessário remediar. E, até meados do século XVII, os baldes eram o principal recurso de combate. Quando algúem descobria um incêndio, corria pela vizinhança atrás de ajuda. Voluntários munidos de baldes cheios passando de mão em mão. Esse método, pouco eficazes, não conseguiam combater grandes incêndios, como o de Londres em 1666. O fogo, que durou quatro dias, destruiu grande parte da cidade.
A partir do fim do século XVII, novas téwcnicas foram criadas. Surgiram as bombas manuais, depois substituídas pelas a vapor. Os baldes deram lugar a mangueiras. Iniciava-se uma nova era na luta contra o fogo. Corporações de combate a incêndio começaram a ser criadas, e a profissão de bombeiro passou a ser remunerada.
No Brasil, até o fimn do século XVIII, eram as milícias e os voluntários que corriam para apagar as chamas. Em 1797, o Arsenal da Marinha, que já tinha experiência no combate ao fogo em suas embarcações, passou a ser o órgão público responsável pela extinção de incêndios. O primeiro Corpo de Bombeiros do Brasil, no entanto, só foi criado, por decreto de Dom Pedro II, em 2 de Julho de 1856, no Rio de Janeiro. Ele foi o primeiros do tipo em toda a América Latina.
Fonte: Revista Aventuras na HistóriaEdição 87.
Por Rodrigo Santana
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