quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Balancins motorizados.

Infográfico mostra o funcionamento e principais componentes dos balancins motorizados.

Por Rodnei Corsini

Edição 151 - Fevereiro/2014

Os balancins motorizados são plataformas suspensas por cabos de aço, utilizadas para reforma, pintura, lavagem, instalação de tubulações, caixilhos e vidros, além de outros serviços em fachadas de edificações. Sua movimentação é feita por meio de motores elétricos. 

O elemento, também chamado de plataforma motorizada ou andaime suspenso, pode ter composição modular. Tipicamente, um módulo de um balancim costuma ter cerca 1,5 m de comprimento (há fornecedores com módulos que variam de 1 m a 3 m). Composto, o balancim pode chegar a 8 m de comprimento. A largura da plataforma varia em torno de 1 m. 

A plataforma é suspensa por cabos ligados a uma estrutura fixada na edificação, a qual pode se mover horizontalmente em trilhos. A velocidade de mobilização vertical (subida e descida) do balancim varia em torno de 10 m/ min. A alimentação do motor elétrico para subida e descida da plataforma costuma ser de 220 V ou de 380 V trifásico. 

Os balancins precisam permitir seu acionamento manual para casos de falta de energia, além de ter travas automáticas nos cabos. A capacidade de carga de uma plataforma costuma ser de até 500 kg. Os parâmetros e normas de proteção do usuário estão listados na Norma Regulamentadora no18 do Ministério do Trabalho. Além da observação dos parâmetros de segurança do balancim em si, deve ser obedecido o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): luvas, capacete, uniforme, cinto de segurança com trava-quedas e calçado adequado. 

Após a montagem e instalação do balancim é recomendável subir e descer parcialmente o equipamento para testá-lo. Segundo a NR-18, ainda, o piso do balancim deve ser antiderrapante, completamente forrado e nivelado. Confira os principais componentes de um balancim motorizado e outros itens de segurança.
ILUSTRAÇÃO: DANIEL BENEVENTI
1- Estrutura
A estrutura metálica do balancim é composta pelos guarda-corpos (externo e interno), cabeceiras, piso e rodapés. Na montagem, é necessário ficar atento para que todos os parafusos e travas estejam fixados e apertados. A montagem da estrutura segue um projeto, no qual já estão dimensionados a carga máxima (a qual deve ser anotada em um cartaz no balancim, segundo a NR-18), os módulos e a capacidade do sistema de tração.

2- Fixação
O balancim é suspenso por cabos de aço ligados a uma estrutura presa ao topo da edificação. A sustentação do balancim suspenso, segundo a NR-18, só pode ser apoiada ou fixada em elemento estrutural da edificação (por meio de vigas, afastadores ou outras estruturas metálicas). No caso de sustentação em platibanda ou beiral da edificação, deve haver estudos de verificação estrutural sob responsabilidade de profissional legalmente habilitado. A estrutura de fixação normalmente possibilita o deslocamento horizontal sobre trilhos.

3- Caixa de comando
O balancim é comandado, quanto à sua mobilidade vertical, pelos próprios operários que o ocupam por meio de uma caixa de comando embutida no equipamento. A subida e a descida são feitas pelo acionamento de comandos no painel. O painel costuma ter um botão para subir e outro para descer, os quais normalmente funcionam com retorno automático (ele é pressionado para funcionar e, ao ser solto, o movimento é interrompido). O painel deve ter também um botão de emergência para interromper qualquer operação do equipamento. Há ainda botões de nivelamento independentes (para nivelar os lados esquerdo e direito do balancim).

4- Sistema de tração
O sistema de tração de um balancim funciona com comando paralelo e sincronizado para a subida e a descida por cabos de aço. A tração é alimentada por um motor elétrico e, para segurança, os cabos devem ter trava automática.

Por Rodnei Corsini
Fonte: 
Norma Regulamentadora N°18 (Andaimes e Plataformas de Trabalho) e ABNT NBR 6.494:1990 (Segurança nos andaimes).



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