As
principais causas são a banalização das ocorrências e a falta de política de
prevenção, diz representante do Ministério da Saúde.
Agência
Câmara de Notícias
O
coordenador-geral de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, Jorge
Mesquita, informou há pouco que o Brasil é o quarto país do mundo em número de
acidentes fatais no trabalhos. Em audiência na Comissão de Seguridade Social e
Família da Câmara dos Deputados, ele disse que as principais causas dos
acidentes são a banalização das ocorrências e a falta de política de prevenção.
De
acordo com Mesquita, os grupos mais vulneráveis são: motoristas, agentes de
segurança, trabalhadores da construção civil e trabalhadores rurais. Ele
apresentou dados do Dieese, segundo os quais os riscos de um empregado
terceirizado morrer de acidente de trabalho é 5,5 vezes maior do que nos demais
segmentos produtivos.
O
presidente da Comissão de Seguridade, deputado Amauri Texeira (PT-BA),
salientou que o Plenário aprovou o aumento da jornada de motoristas
profissionais, o que pode gerar ainda mais acidentes entre caminhoneiros.
"Isso é extremamente nefasto. Vou pedir que a presidente Dilma Rousseff
vete esse dispositivo", destacou.
Impacto
social
Conforme
o representante do Ministério da Saúde, 10% do PIB são gastos em acidentes de
trabalho nos países em desenvolvimento. Ele ressaltou o impacto social dos
acidentes. Segundo ele, muitos trabalhadores que sofrem acidentes fatais são
"arrimos de família", e há uma desestruturação familiarapós os
acidentes.
Porém,
na visão dele, mais do que os acidentes de trabalho, preocupam as doenças
relacionadas ao trabalho. Ele citou dados da Organização Internacional do
Trabalho (OIT) que mostram que 2 milhões de pessoas no mundo morrem por ano
devido a doenças relacionadas ao trabalho, enquanto cerca de 321 mil morrem por
conta de acidentes de trabalho.
Discordância
O
coordenador-geral de Fiscalização do Departamento de Segurança e Saúde do
Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Fernando Vasconcelos, contestou o
dado do Ministério da Previdência, de que o Brasil é o quarto país em acidentes
fatais no mundo. Ele disse que o número é alto, mas que não existem dados
mostrando a comparação com outros países.
A
nova audiência ocorre no plenário, na próxima segunda-feira (7).
Estamos em um mercado livre, capitalista, onde o ter sempre prevalecerá sobre o ser, assim, se quisermos mudar nossa classificação no ranking mundial, precisamos ser inovadores e criativos. Precisamos usar a linguagem do empreendedor, do patrão. Quanto custa a redução de acidentes, versus a compra de EPIs, EPCs ou redução dos riscos ambientais? Sim, nós sabemos o valor da vida humana, mas que adianta os números que apontam que morrem mais motoqueiros no transito do que uma guerra em determinado país? Porque pensar em roupas infláveis ou air baggs se o que gera impostos altos é a venda de motos e os impostos anuais pagos pelo seguro, emplacamento e multas? Porque fazer campanhas educacionais voltadas apenas para os trabalhadores. Onde estão os incentivos, programas de capacitação e motivação para os empresários? Não basta multar quando ocorre uma fiscalização, pois nunca teremos fiscais em numero suficiente e pela dor nunca motivaremos ninguém, ele sempre encontrará uma saída, um disfarce, um drible. Quais são as nossas referências de cuidado com a segurança? Uma empresa de mineração, e quem mais? Um profissional altruísta como Laércio, Peixoto, e quem mais na nossa região? O que temos são profissionais sobrevivendo a custa de dois ou mais empregos, aceitando salários medíocres em troca de um trabalho do mesmo nível. É claro que devemos nos envolver politica e tecnicamente para mudar esta realidade, mas antes de tudo precisamos de sacerdotes prevencionistas, lideres sindicais,políticos comprometidos com a causa publica, pesquisadores, entidades formais e de profissionais independentes, guerreiros e crentes em um Brasil mais solidário e comprometido com a causa humana. Eu sei que posso fazer muito mais do que tenho feito, só não sei se estou disposto a pagar o preço, pois tenho que sobreviver e sustentar minha família. Quantos estão dispostos verdadeiramente a somar com você e comigo? Deus mantenha sua mão de misericórdia estendida sobre nós e levante mais obreiros para a causa prevencionista
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