Levantamento do Ministério da Previdência Social mostra dados de 2012.
Número é o mesmo nos últimos quatro anos que divulgaram a medição.
Nos últimos anos, o Espírito Santo registrou mais de 13 mil acidentes de trabalho por ano, de acordo com dados do Ministério da Previdência Social. Os números se referem a acidentes que podem acontecer no local de trabalho, além de acidentes de trajeto, que ocorrem no trajeto do trabalhador da residência ao local de trabalho. Doenças adquiridas devido à atividade profissional também estão incluídas na estatística. Em todo o Brasil, somente em 2012, foram registrados mais de 700 mil acidentes.
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Para o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétricas (Sindifer), Manoel Pimenta, que organiza uma feira que trata sobre o tema no estado, os dados são preocupantes. "Esse número preocupa muito. Segundo as últimas estatísticas, quatro anos já se passaram e esse número não muda. E isso significa que temos que trabalhar de forma diferente, mudar a forma de se tratar a segurança, porque hoje é tratada de forma bastante ampla em poucas empresas e em grandes empresas", disse.
Ainda segundo o levantamento do Ministério da Previdência Social, a quantidade de acidentes que acontecem no trajeto do trabalhador para casa e vice-versa é expressiva. "Desses 13 mil acidentes, 12% são de trajeto, lembra logo aqueles acidentes de motocicleta na Grande Vitória. Então, tem muita coisa para se fazer e a gente quer começar a formar uma consciência pró-segurança nas escolas", completou Manoel Pimenta.
Apesar de ainda não terem entrado na estatística divulgada pelo ministério, o G1 lembrou os acidentes de trabalho que já aconteceram em 2014, no Espírito Santo.
Atítilio Vivácqua
Um soldador de 36 anos morreu após cair do telhado de um frigorífico, no dia 3 de setembro de 2014, em Atílio Vivácqua, na região Sul do estado. No momento do acidente, o trabalhador atuava na instalação do telhado do galpão para a empresa. A queda foi de uma altura de 15 metros. Segundo a empresa, o funcionário não usava todos os itens de segurança durante o trabalho.
Viana
No dia 3 de março, um operário de 29 anos que trabalhava em uma obra de recapeamento do asfalto na BR-101, em Viana, morreu após sofrer um acidente de trabalho. O caso aconteceu na altura do quilômetro 302 da rodovia. Segundo testemunhas, o funcionário caiu repentinamente no ciclo da máquina que fica no caminhão e foi sugado pelo aparelho. A concessionária que administra a rodovia, a Eco 101, informou que o colaborador trabalhava para uma prestadora de serviço da empresa.
Castelo
Um operador de máquinas de 27 anos morreu, no dia 2 de setembro, na localidade de Duas Barras, zona rural de Castelo, após ser atingido por pedras. Segundo familiares, Lázaro Machado da Cruz abria uma estrada dentro de uma propriedade particular quando o acidente aconteceu. Ainda de acordo com familiares, Lázaro estava cavando uma estrada quando duas grandes pedras cederam e caíram sobre o trabalhador. A escavadeira utilizada no trabalho ficou esmagada. O dono da propriedade contou que Lázaro trabalhava há anos como operador de máquinas na região.
Cachoeiro de Itapemirim
Um ajudante de pedreiro, de 30 anos, morreu soterrado no bairro Coramara, em Cachoeiro de Itapemirim, na região Sul do Espírito Santo, no dia 6 de maio de 2014. Joceir Vieira trabalhava na construção de um muro de contenção, quando a terra cedeu. Ele chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos e morreu minutos depois. A Defesa Civil do município interditou o local.
Baixo Guandu
Um jovem de 30 anos morreu eletrocutado no dia 24 de janeiro, em Baixo Guandu, Noroeste do estado. Thiago Welder da Silva trabalhava no Grupo Lima, empresa especializada em serviços de internet. Segundo o Serviço Médico Legal, a vítima fazia uma ligação com cabos de internet em uma casa no momento em que recebeu a descarga elétrica. De acordo com testemunhas, essa não é a primeira morte registrada. O Grupo Lima informou que todos os funcionários recebem treinamentos adequados, além de equipamentos de proteção individual (EPI'S)
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