Fonte: Ascom/MPS – 23/04/2015
Da
Redação (Brasília) – No mês em que se celebra o Dia Mundial em Memória às
Vítimas de Acidentes de Trabalho, um estudo realizado pelo Ministério da
Previdência Social aponta que as mulheres são mais vulneráveis a doenças
causadas pelo trabalho. Entre 2004 e 2013, enquanto os vínculos empregatícios
tiveram um crescimento de 79% entre as mulheres, a concessão de auxílio-doença
acidentário cresceu 172% entre as trabalhadoras. Entre os homens, o emprego
assalariado cresceu 53% – durante o mesmo período – enquanto a concessão do
auxílio-doença acidentário cresceu pouco mais de 60%. Os resultados do estudo
foram apresentados nesta quinta-feira (23) durante reunião do Conselho Nacional
de Previdência Social (CNPS).
Para o diretor do Departamento
de Saúde e Segurança Ocupacional do MPS, Marco Pérez, um dos fatores que
justificam o número crescente na concessão de benefícios acidentários é a Lei
11.430, de 2006, que aplica critérios objetivos para relacionar o adoecimento
com o trabalho. Pérez acrescenta outros dois motivos que explicam o aumento das
concessões: “A população brasileira está envelhecendo e o trabalho, interagindo
com o envelhecimento, acaba agravando a saúde do trabalhador. Além disso,
observa-se uma inadequação dos locais de trabalho para as mulheres”.
Quando se observa as
principais causas de afastamentos, também há diferença entre os gêneros.
Enquanto os homens apresentam maior vulnerabilidade para causas traumáticas, as
mulheres se afastam mais em decorrência de doenças relacionadas às condições
ergonômicas.
“Os números desse estudo
indicam que as políticas de prevenção de acidentes devem enfocar a diferença
entre os gêneros e, além disso, mostram a necessidade de uma melhor adequação
do ambiente de trabalho levando em consideração a maior vulnerabilidade da
mulher”, destacou Marco Pérez.
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