sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Presidente da CBIC e diretor do Secovi-SP ministram palestra no primeiro dia do Fórum Inovar e Construir

Por Herbert Clemente/Revista Edificar.

O evento é promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP) em parceria com a Revista EDIFICAR e Anne K. Instituto de Desenvolvimento Humano. No Fórum, esteve empresários, corretores de imóveis, engenheiros, arquitetos e estudantes de cursos ligados ao setor da construção civil. O evento adotou o formato TEDx, com a apresentação de conteúdos de maneira sintetizada, acessível e com a interação da plateia.


Economia e política foram dois assuntos abordados nas duas primeiras palestras do Fórum Inovar e Construir: Soluções inteligentes no cenário atual.

Economia e política foram dois assuntos abordados nas duas primeiras palestras do Fórum Inovar e Construir: Soluções inteligentes no cenário atual. O evento teve início na noite desta quarta-feira (7), no Centro Cultural Ariano Suassuna, no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba.

Após o credenciamento, iniciado às 18h e encerrado por volta das 19h30, aconteceu a abertura e, logo depois, a palestra de Celso Petrucci, economista-chefe e diretor executivo de Incorporação Imobiliária do SECOVI-SP e da Universidade Secovi. O tema da palestra foi “Perspectiva para a construção civil no curto e médio prazos”.

Com as cadeiras do auditório Celso Furtado ocupadas em quase toda a totalidade, o diretor da SECOVI-SP apresentou para os participantes as projeções sobre o mercado imobiliário nacional, mostrando em números e gráficos que o cenário é melhor do que se pensa. “O mercado imobiliário passa por este ajuste, mas o mundo não acabou; a demanda é grande no Brasil inteiro”, garante Petrucci.

Finalizada a participação do economista, foi a vez do Presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), José Carlos Rodrigues Martins, ministrar uma palestra com o tema “O cenário político para a construção civil”. Ele explicou de que forma as crises política, econômica e regulatória afetam a indústria da construção civil.

O Presidente da CBIC também analisou a situação dos principais programas do Governo Federal relacionados ao setor, comentou a respeito de algumas alternativas para enfrentar a crise e se recuperar dela, assim como ressaltou as oportunidades de novos mercados que surgem diante do atual cenário, a exemplo das parcerias público-privadas.

Para José Carlos, a recuperação do mercado imobiliário é uma questão de tempo. “O consumo do imóvel não depende do momento econômico. Quando você entra no momento de recessão, pode diminuir a venda, mas não o mercado. (A crise) reprime e, no momento seguinte, equilibra a oferta e a demanda”, comentou.

Ele alegou que o “boom” vivenciado nos últimos dez anos só foi possível porque os vinte anos que precederam o momento incomum em termos de construções e vendas foram de um mercado reprimido. “A pior coisa que pode existir é altos e baixos. Não adianta estar na alta e não ter mão de obra, não ter material, não ter fornecedores, quando terminar não ter comprador; a lógica é que o crescimento linear previsível é tudo que a gente sonha”, afirmou.

A abertura do evento contou com a presença de vários palestrantes com participação marcada para o segundo dia do fórum. Escalado na programação do evento para ser o primeiro a expor conteúdo nesta quinta-feira (8), o engenheiro civil Antônio Carlos Mingroni, Mestre e Doutor pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, onde leciona, vai abordar o tema “Iluminação em tempos de crise energética”.

Durante sua exposição, Mingroni pretende demonstrar todo o processo que invoca um trabalho onde o projeto associado à fonte de luz, a luminária e a aos sistemas que podem controlar tudo isso automaticamente encerram uma condição de efetiva eficiência energética.

“Às vezes as pessoas estão buscando eficiência no LED; é uma solução de instrumentação artificial, mas pensar a luz natural durante o dia é uma virtude que a arquitetura brasileira veio esquecendo desde quando, como diz o professor Lauro Cavalcanti do Rio de Janeiro, o Brasil era moderno e a nossa arquitetura florescia em qualidade, em desenho apropriado ao clima, trazendo essa eficiência energética também e conforto para os ocupantes”, declarou.

Raymundo Moniz de Aragão Neto, engenheiro mecânico formado pela UFBA, mestre em engenharia de produção e atualmente doutorando em planejamento energético pela COPPE/UFRJ é o segundo palestrante desta quinta-feira. Ele vai tratar sobre “Soluções para o bom uso da energia”.

O engenheiro mecânico planeja provocar os participantes, sugerindo uma nova maneira de pensar quando o assunto é investir em equipamentos que proporcionam melhor eficiência energética. Segundo Raymundo, as soluções para melhor aproveitamento da energia não são novas, elas apenas eram ignoradas entre os consumidores, desde os residenciais aos industriais. “Não é uma questão de novidades, a novidade está no consumidor buscar a solução”, esclarece.

Moderador do debate a ser promovido após as duas palestras com temáticas direcionadas ao uso eficiente de energia, o engenheiro eletricista Mário Camacho, diretor presidente do Grupo Genergia, sugere como soluções para a crise energética do país a adoção de medidas que ultrapassam o uso de equipamentos tecnológicos como forma exclusiva de reduzir o consumo.

Fora a utilização de produtos de baixo consumo de energia, as outras soluções partem de medidas disciplinares e ambientais, argumenta o engenheiro eletricista. A geração de energia eólica, fotovoltaica, a partir do gás natural, também são alternativas para aumentar a produção energética do país, embora sejam soluções de custo elevado e, por isso, não aplicadas com amplitude dentro do território nacional.

“Basicamente os entraves são dois: primeiro o custo, o preço da solução não é barata porque a maioria das soluções são importadas, elas são desenvolvidas em outros países e são importadas para serem aplicadas aqui. O país ainda está engatinhando na questão da produção destas tecnologias, o que torna o produto caro por conta do dólar. O segundo fator é o financiamento. Não tem linha de crédito que permita aos empresários implantar as medidas e pagar com o próprio retorno que vai ter com a economia de energia”, disse.

Entrega de certificados aos palestrantes por Presidente do Sinduscom JP Fábio Sinval.

Para saber mais sobre todos os palestrantes do fórum, basta visitar o site do evento.


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