Por
Herbert Clemente/Revista Edificar.
O
evento é promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de João
Pessoa (Sinduscon-JP) em parceria com a Revista EDIFICAR e
Anne K. Instituto de Desenvolvimento Humano. No Fórum, esteve empresários, corretores
de imóveis, engenheiros, arquitetos e estudantes de cursos ligados ao setor da
construção civil. O evento adotou o formato TEDx, com a apresentação de
conteúdos de maneira sintetizada, acessível e com a interação da plateia.
Economia e
política foram dois assuntos abordados nas duas primeiras palestras do Fórum
Inovar e Construir: Soluções inteligentes no cenário atual.
Economia
e política foram dois assuntos abordados nas duas primeiras palestras do Fórum
Inovar e Construir: Soluções inteligentes no cenário atual. O evento teve
início na noite desta quarta-feira (7), no Centro Cultural Ariano Suassuna, no
Tribunal de Contas do Estado da Paraíba.
Após
o credenciamento, iniciado às 18h e encerrado por volta das 19h30, aconteceu a
abertura e, logo depois, a palestra de Celso Petrucci, economista-chefe e
diretor executivo de Incorporação Imobiliária do SECOVI-SP e da Universidade
Secovi. O tema da palestra foi “Perspectiva para a construção civil no curto e
médio prazos”.
Com
as cadeiras do auditório Celso Furtado ocupadas em quase toda a totalidade, o
diretor da SECOVI-SP apresentou para os participantes as projeções sobre o
mercado imobiliário nacional, mostrando em números e gráficos que o cenário é
melhor do que se pensa. “O mercado imobiliário passa por este ajuste, mas o
mundo não acabou; a demanda é grande no Brasil inteiro”, garante Petrucci.
Finalizada
a participação do economista, foi a vez do Presidente da Câmara Brasileira da
Indústria da Construção Civil (CBIC), José Carlos Rodrigues Martins, ministrar
uma palestra com o tema “O cenário político para a construção civil”. Ele
explicou de que forma as crises política, econômica e regulatória afetam a
indústria da construção civil.
O
Presidente da CBIC também analisou a situação dos principais programas do
Governo Federal relacionados ao setor, comentou a respeito de algumas
alternativas para enfrentar a crise e se recuperar dela, assim como ressaltou
as oportunidades de novos mercados que surgem diante do atual cenário, a
exemplo das parcerias público-privadas.
Para
José Carlos, a recuperação do mercado imobiliário é uma questão de tempo. “O
consumo do imóvel não depende do momento econômico. Quando você entra no
momento de recessão, pode diminuir a venda, mas não o mercado. (A crise)
reprime e, no momento seguinte, equilibra a oferta e a demanda”, comentou.
Ele
alegou que o “boom” vivenciado nos últimos dez anos só foi possível porque os
vinte anos que precederam o momento incomum em termos de construções e vendas
foram de um mercado reprimido. “A pior coisa que pode existir é altos e baixos.
Não adianta estar na alta e não ter mão de obra, não ter material, não ter
fornecedores, quando terminar não ter comprador; a lógica é que o crescimento
linear previsível é tudo que a gente sonha”, afirmou.
A
abertura do evento contou com a presença de vários palestrantes com
participação marcada para o segundo dia do fórum. Escalado na programação do
evento para ser o primeiro a expor conteúdo nesta quinta-feira (8), o
engenheiro civil Antônio Carlos Mingroni, Mestre e Doutor pela Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, onde leciona, vai abordar
o tema “Iluminação em tempos de crise energética”.
Durante
sua exposição, Mingroni pretende demonstrar todo o processo que invoca um
trabalho onde o projeto associado à fonte de luz, a luminária e a aos sistemas
que podem controlar tudo isso automaticamente encerram uma condição de efetiva
eficiência energética.
“Às
vezes as pessoas estão buscando eficiência no LED; é uma solução de
instrumentação artificial, mas pensar a luz natural durante o dia é uma virtude
que a arquitetura brasileira veio esquecendo desde quando, como diz o professor
Lauro Cavalcanti do Rio de Janeiro, o Brasil era moderno e a nossa arquitetura
florescia em qualidade, em desenho apropriado ao clima, trazendo essa
eficiência energética também e conforto para os ocupantes”, declarou.
Raymundo
Moniz de Aragão Neto, engenheiro mecânico formado pela UFBA, mestre em
engenharia de produção e atualmente doutorando em planejamento energético pela
COPPE/UFRJ é o segundo palestrante desta quinta-feira. Ele vai tratar sobre
“Soluções para o bom uso da energia”.
O
engenheiro mecânico planeja provocar os participantes, sugerindo uma nova
maneira de pensar quando o assunto é investir em equipamentos que proporcionam
melhor eficiência energética. Segundo Raymundo, as soluções para melhor
aproveitamento da energia não são novas, elas apenas eram ignoradas entre os
consumidores, desde os residenciais aos industriais. “Não é uma questão de
novidades, a novidade está no consumidor buscar a solução”, esclarece.
Moderador
do debate a ser promovido após as duas palestras com temáticas direcionadas ao
uso eficiente de energia, o engenheiro eletricista Mário Camacho, diretor
presidente do Grupo Genergia, sugere como soluções para a crise energética do
país a adoção de medidas que ultrapassam o uso de equipamentos tecnológicos
como forma exclusiva de reduzir o consumo.
Fora
a utilização de produtos de baixo consumo de energia, as outras soluções partem
de medidas disciplinares e ambientais, argumenta o engenheiro eletricista. A
geração de energia eólica, fotovoltaica, a partir do gás natural, também são
alternativas para aumentar a produção energética do país, embora sejam soluções
de custo elevado e, por isso, não aplicadas com amplitude dentro do território
nacional.
“Basicamente
os entraves são dois: primeiro o custo, o preço da solução não é barata porque
a maioria das soluções são importadas, elas são desenvolvidas em outros países
e são importadas para serem aplicadas aqui. O país ainda está engatinhando na
questão da produção destas tecnologias, o que torna o produto caro por conta do
dólar. O segundo fator é o financiamento. Não tem linha de crédito que permita
aos empresários implantar as medidas e pagar com o próprio retorno que vai ter
com a economia de energia”, disse.
Entrega de certificados aos palestrantes por Presidente do Sinduscom JP Fábio Sinval.
Para
saber mais sobre todos os palestrantes do fórum, basta visitar o site do evento.
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