Composição
da mesa de abertura
1
- THIAGO DEIGLIS DE LIMA RUFINO
Diretor da Faculdade Maurício de Nassau
2
- JOSÉ HÉLIO LOPES BATISTA
Educador da FUNDACENTRO-Pernambuco e
Coordenador do CPR-PB
3
- DIONÍSIO LEONE LAMERA
Chefe Técnico da FUNDACENTRO-Distrito
Federal e Membro da Comissão Executiva do VII CMATIC
4
- CLÓVIS DA SILVEIRA COSTA
Auditor Fiscal do Trabalho e Chefe
Substituto da Seção de Inspeção do Trabalho da SRTE-PB
5 - MYLLENA FORMIGA DE ALENCAR MEDEIROS
Procuradora do Ministério Público do
Trabalho e Representante da CODEMAT na Paraíba
6
- PAULO MARCELO DE LIMA
Presidente da CUT-PB e Membro do CPR-PB
7
- JOSÉ LAURENTINO
Presidente do Sintricom-João Pessoa e
Membro do CPR-PB
8 - JOSÉ WILLIAN MONTENEGRO LEAL
Construtor e Representante do
Presidente da Federação das Indústrias da Paraíba - Francisco de Assis
Benevides Gadelha
9 - JOÃO BARBOSA DE LUCENA
Construtor e Presidente do
SINDUSCON-João Pessoa
10
- JORGE MORAES
Presidente do SINTRACOM-Maringá e Coordenador
do CPN - Comitê Permanente Nacional da
Indústria da Construção
11
- SUENNE DA SILVA BARROS
Diretora da AEST-PB e 1ª Secretária do
CPR-PB (representando a bancada de apoio técnico)
Reunindo cerca de 326 participantes de vários estados, o Fórum Nordeste
celebrou os 20 anos do CPR-PB e os 50 anos da Fundacentro.
E foi o último dos eventos regionais preparatórios para o VII CMATIC -
Congresso Nacional Sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da
Construção.
José
Hélio Lopes Batista ministrou a palestra intitulada "Meu trabalho tem
valor, minha saúde não tem preço"
Palestra
propõe reflexão sobre o trabalho na abertura de Fórum que acontece na Capital.
O
Fórum Nordeste Sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da
Construção foi aberto na noite desta terça-feira (23), no auditório da
Faculdade Maurício de Nassau, com a apresentação do vídeo “20 Anos de História
do CPR-PB”, seguido da palestra intitulada “Meu trabalho tem valor, minha saúde
não tem preço”, ministrada pelo Educador da Fundacentro-PE e coordenador do
CPR-PB, José Hélio Lopes Batista. O evento segue nesta quarta-feira (24), nos
turnos da manhã e tarde, com diversas apresentações de temáticas relacionadas à
segurança do trabalho (confira abaixo a programação).
Encarregado
de iniciar as discussões do Fórum, José Hélio propôs uma reflexão sobre a
relação das pessoas com o trabalho. “É uma palestra intimista, inclusive
utilizando músicas para levar o público a imaginar que o trabalho deve ser uma
fonte de vida e felicidade e não de morte e sofrimento”, disse pouco antes de
subir para o palco do auditório da Nassau.
“Na
verdade, vou abordar exatamente essa questão: fazer uma reflexão sobre as duas
vertentes do trabalho, aquele que faz as pessoas se realizarem enquanto
cidadãos, que traz felicidade, não só financeiramente, e uma visão do trabalho
que adoece, que mutila, que mata”, acrescentou.
Apesar
do evento ser voltado para a indústria da construção, cujos principais
acidentes causam danos físicos aos colaboradores das obras, o coordenador do
CPR-PB, que também é psicólogo organizacional, ressaltou as problemáticas que
afetam a saúde mental dos trabalhadores.
“A
gente tem, por exemplo, chefias que são despreparadas. Chefes, gerentes que não
tem o preparo necessário e essas pessoas terminam provocando um ambiente de
tensão. São pessoas que não foram devidamente preparadas para assumir cargos de
chefia, são promovidas a esses cargos e não tem o devido preparo, tornando
aquele ambiente extremamente minado”, afirmou.
“O
campo da saúde mental do trabalho diz muito respeito à qualidade das relações
interpessoais. Hoje em dia é fundamental, para qualquer tipo de empresa, que
haja uma boa relação interpessoal e os chefes, gerentes, supervisores, tem um
papel fundamental nesse sentido”, completou.
O
Fórum Nordeste Sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da
Construção é um evento regional preparatório para o VII CMATIC - Congresso
Nacional Sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da
Construção, que acontece em Brasília (DF), entre os dias 12 e 15 de abril.
Programação desta quarta-feira (24) do
Fórum Nordeste:
Palestra “Insegurança alimentar e nutricional de trabalhadores da construção
de João Pessoa”, por Evi Clayton de Lima Brasil e Lindemberg Medeiros de
Araújo;
Sessão de debates;
Palestra “O programa de redução de acidentes elétricos e outras ações
estruturantes no cerco à cultura do improviso na construção”, por Carlos
Alberto Castor de Pontes;
Sessão de debates;
Exibição do vídeo “Exposição à Poeira de Sílica na Indústria da Construção” –
CPR-PB/Cesic-PB;
Por Márcia Souto
Painel “O ‘X’ da questão: como ter um PCMAT proativo?”, com Nelma Mirian
Chagas de Araújo, Fátima Oliveira e Soraia di Cavalcanti Pinheiro;
Sessão de debates;
Palestra “Estruturas de contenção para segurança nas escavações”, por Wilson
Cartaxo Soares;
Sessão de debates;
Palestra “Trabalhos em altura e situações de resgate”, por José Odenis
Mesquita;
Sessão de debates;
Painel “Novas exigências legais aplicáveis aos elevadores de obra”, com
Antonio Pereira do Nascimento e Anderson Dias da Silva;
Sessão de debates;
Condições
de Trabalho, Formalização e Legalização do Empreendimento Daniel Pedro Ricardo
e Juan Ébano Soares Alencar.
O evento reuniu cerca de 326 pessoas de vários Estados
Belíssima apresentação do Grupo Cultural Massapê da cidade de Santa
Rita PB.
No encerramento foi
apresentada a CARTA DE JOÃO PESSOA - MOÇÕES PARA O VII CMATIC.
Os participantes do FÓRUM
NORDESTE SOBRE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO NA INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO, realizado nos dias 23 e 24 de fevereiro de 2016, na cidade de João
Pessoa, expressam publicamente a importância de terem vivenciado temas que
apontam ações sustentáveis para combater a grave epidemia dos acidentes e
doenças do trabalho neste segmento econômico. Nesse sentido, reiteram a fé na
dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual,
artístico, ético e espiritual da humanidade (Carta da Terra, ONU/1987),
destacando ainda a necessidade de serem observados os seguintes princípios e
ações:
1. Que o desenvolvimento econômico esteja inserido no contexto da
responsabilidade social, com a manutenção do direito inalienável dos (as)
trabalhadores (as) a um ambiente de trabalho seguro, saudável e decente;
2. Que o Comitê Permanente Nacional Sobre Condições e Meio
Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção (CPN) insira na Norma
Regulamentadora nº 18 (NR-18) a exigência da elaboração e implementação do
PCMAT em todos os empreendimentos de construção, independentemente do número de
trabalhadores, nos moldes da cláusula 31ª da convenção coletiva dos
trabalhadores da construção de João Pessoa, negociada e aprovada no âmbito do
CPR-PB;
3. Que o Programa de Redução de Acidentes Elétricos (PRAE), articulado
pelo CPR-PB junto à concessionária estadual de energia, seja encampado pelo CPN
e submetido à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), visando sua
aplicação por todas as concessionárias de energia do País. Inserido também como
cláusula (47ª) da convenção coletiva dos trabalhadores da construção de João
Pessoa, o PRAE condiciona a ligação da energia da obra pela concessionária à
apresentação do projeto elétrico das instalações temporárias, tendo sido
decisivo para o banimento dos acidentes graves e fatais por choque elétrico dos
canteiros de obra;
4. Que o Ministério do Trabalho e Previdência Social, através da
Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP), modifique o Quadro II da Norma
Regulamentadora nº 4 (NR-4), com a exigência da contratação de 1 (um) técnico
de segurança do trabalho pelas empresas que possuam obras entre 50 e 100
trabalhadores (no grau de risco “3”) e obras entre 20 e 50 trabalhadores (no
grau de risco “4”);
5. Que seja apoiada a luta pela regulamentação da profissão do
Tecnólogo de Segurança do Trabalho, cujo projeto de lei se encontra em
tramitação no Congresso Nacional, visando incluir a categoria entre os
profissionais integrantes do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e Medicina do Trabalho), conforme Quadro II da Norma Regulamentadora
nº 4 (NR-4);
6. Que, no âmbito da administração pública, sejam envidados todos
os esforços no sentido de fazer constar, nas planilhas de custos dos processos
licitatórios de obras e serviços de engenharia, os itens relativos à prevenção
ocupacional respectivamente demandados para a execução segura de tais
empreendimentos, consignando, ainda, nos editais e contratos administrativos a
imposição de penalidades em caso de descumprimento dessa exigência;
7. Que o Governo Federal, através do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, valorize a FUNDACENTRO e autorize a realização urgente de
concurso público para provimento dos inúmeros cargos vagos na instituição, além
da ampliação do quadro de servidores e instalação de novas unidades regionais.
No ano em que celebra meio século de existência, a FUNDACENTRO está pedindo
socorro: devido às muitas aposentadorias e à escassez de recursos financeiros, a
instituição enfrenta sérias limitações para cumprir sua nobre missão quanto à
segurança e saúde no trabalho;
8. Que o quadro de auditores fiscais do trabalho e de servidores
administrativos do Ministério do Trabalho e Previdência Social seja recomposto
e ampliado, com o aprimoramento do atual modelo de fiscalização e
reaparelhamento das instalações físicas do órgão em todo o país. A precarização
e o esfacelamento da auditoria fiscal do trabalho no País vêm trazendo graves prejuízos
às ações de assistência ao trabalhador, notadamente no âmbito da fiscalização
trabalhista e das políticas públicas de emprego;
9. Que sejam aprofundados os estudos sobre avaliação nutricional e
cultura alimentar dos trabalhadores da construção civil, objetivando subsidiar
a melhoria nutricional nos cardápios oferecidos nos canteiros de obras. Quando
a comida for preparada no canteiro, a empresa deverá ser assistida por um
profissional Nutricionista;
10. Que sejam estabelecidas ações conjuntas entre sindicatos
patronais e de trabalhadores, junto às secretarias municipais de saúde, para
controlar a proliferação do mosquito Aedes aegypti (transmissor da dengue, febre amarela,
chikungunya e zika vírus) nos canteiros de obra e frentes de trabalho, com a
adoção de campanhas de sensibilização quanto à necessidade do combate a
criadouros nos locais de trabalho e alojamentos das obras, além da disseminação
dessas informações pelos trabalhadores em suas comunidades;
11. Que nas peças publicitárias do VII CMATIC seja feita alusão ao
“Movimento Abril Verde” e ao “28 de
Abril - Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças Relacionadas
ao Trabalho”.
João Pessoa, 24 de fevereiro
de 2016.
Por
Herbert Clemente
Fotos Laercio Silva
Adaptação do texto Hélio Lopes
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