Com
o lema "Neste Carnaval, não deixe o trabalho infantil desfilar",
abordagens vão conscientizar e orientar quanto a denúncias.
Natal
(RN), 20/02/2020 – Com o objetivo de combater e informar sobre o trabalho
infantil durante o Carnaval, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e
o Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Norte (MPT-RN) lançam, este
ano, a campanha "Neste Carnaval, não deixe o trabalho infantil
desfilar". A ação conta com banners, camisetas e adesivos que foram
entregues na última quinta-feira (13) a representantes de municípios definidos
como prioritários por terem, tradicionalmente, carnaval de rua.
Neste
primeiro ano de campanha, foi selecionado um município para cada Região de
Saúde do estado: Natal, Parnamirim, Canguaretama, Apodi, Touros, Caicó, Santa
Cruz e Alexandria. Cada município terá um estande, identificado com o banner da
campanha, para orientações e realização de trabalho educativo, com foco na
conscientização e na participação social na fiscalização de ocorrências de
trabalho por crianças e adolescentes. Em Natal, haverá estandes nos sete polos
do Carnaval.
A
campanha também orienta quanto às denúncias de crianças em situação de
trabalho, que podem ser feitas aos Conselhos Tutelares e também pelo Disque
100. A estratégica da campanha é organizada pelo Centro Estadual de Referência
em Saúde do Trabalhador (Cerest) e pelo Programa RN Mais Saudável, em parceria
com o MPT.
“É
muito importante essa atuação do Cerest no sentido de identificar o trabalho
infantil no Carnaval. É uma ação para conscientizar a população de que o
trabalho infantil não é bom: ele perpetua o ciclo de pobreza. Crianças expostas
nas ruas estão sujeitas a serem cooptadas para a criminalidade e exploradas
sexualmente”, explica a procuradora Regional do Trabalho Ileana Neiva, que
representa o MPT-RN na campanha.
De
acordo com Kelly Lima, subcoordenadora do Cerest Estadual, a campanha é de
cunho educativo e informativo, não tem caráter opressor e nem vai recolher as
crianças que estejam em situação de trabalho infantil. "O nosso objetivo é
alertar sobre os problemas que o trabalho infantil pode causar. No ano passado,
por exemplo, aconteceram 20 acidentes graves com crianças e adolescentes que
não deveriam estar trabalhando e, sim, nas escolas", disse.
Participaram
do lançamento da campanha representantes dos Cerest das Regionais de Saúde, dos
Conselhos Tutelares e das secretarias municipais de saúde e assistência social.
Ministério
Público do Trabalho no RN
Assessoria
de Comunicação
Tatiana
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Lucas
Félix | Estagiário de jornalismo
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