Além
de lidar com a perda para uma doença que não permite despedidas, parentes de
vítimas da Covid-19 estão tendo que, em meio à dor, negociar os custos dos
sepultamentos. Embora a Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor
Funerário (Abredif) oriente que sejam dados descontos de até 40% nos enterros
de mortos pelo novo coronavírus, uma vez que ocorrem em caixões lacrados e sem
aluguel de capelas para velórios, isso nem sempre vem acontecendo. Segundo
representante do setor na capital Diego Duque Almeida, os custos de segurança
para os funcionários e pessoas aumentaram muito durante a pandemia.
Segundo
Diego, apesar de ter havido no setor na Paraíba em média um aumento de 20%,
para garantir a segurança de funcionários e familiares de vítimas da doença,
foi preciso seguir as normas de segurança, com a oferta de itens de higiene,
como álcool em gel a 70%. De acordo com ele, os empregados no ramo enfrentam
dificuldades para adquirir equipamentos de proteção individual adequados
(EPIs).
“Tivemos
um aumento de 20% por conta da pandemia e já seguíamos os protocolos antes
mesmo de serem oficiais, reforçando as medidas de segurança com o fornecimento
de EPIs, botas, macacões, luvas, óculos de proteção, viseira de acrílico”,
disse Diego.
Ele
destacou que, antes, os macacões eram descartáveis e a vestimenta agora é
lavável, podendo ser higienizada com solução bactericida. Entre as adequações,
servidores e veículos são higienizados com álcool quando colocam o corpo
infectado no carro funerário.
Esse
corpo, que sai do hospital envolvido em um saco, recebe outro da mortuária e
segue direto para o cemitério, onde a cova deve estar aberta. Se o óbito não é
por covid-19, o velório dura duas horas, em salas que passam por assepsia, e os
familiares devem usar máscaras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário