Por Laercio Silva
Jornalista
especializado em Higiene Ocupacional e Segurança do Trabalho.
O ministro do
Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, Auditores-fiscais do Trabalho e dirigentes do
Sinait sindicato da categoria promoveram um ato em memória às vítimas da
Chacina de Unaí MG.
O Dia Nacional de
Combate ao Trabalho Escravo, notabilizado em 28 de janeiro, foi criado em
memória das vítimas de Unaí.
A homenagem aos auditores-fiscais do trabalho Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, e ao motorista Ailton Pereira de Oliveira, que foram mortos durante uma inspeção em propriedades rurais, especialmente em locais onde trabalhadores viviam em condições precárias.
“Os disparos que
tiraram suas vidas não conseguiram silenciar a luta por dignidade no trabalho e
contra a exploração, afirmaram Auditores Fiscais, Hoje, celebramos o legado
desses colegas e a importância da Auditoria Fiscal do Trabalho na luta por
direitos essenciais.”
A Chacina de Unaí
foi um evento trágico que aconteceu em 28 de janeiro de 2004, na cidade de
Unaí, em Minas Gerais. Durante uma fiscalização em fazendas da região, quatro
servidores do Ministério do Trabalho foram brutalmente assassinados.
Os funcionários
estavam realizando uma inspeção de rotina quando foram emboscados e mortos.
Eles eram auditores fiscais e um motorista, todos trabalhando para proteger os
direitos trabalhistas.
Esse crime chocou
o país por causa da crueldade dos assassinos, que desvendaram a violência no
campo e a impunidade de poderosos. Além disso, as vítimas estavam lutando por
melhores condições de trabalho e denunciando abusos e exploração enquanto
cumpriam seus deveres.
O crime teve
repercussão nacional e internacional, levando à prisão de alguns envolvidos e à
condenação dos mandantes. No entanto, deixou marcas profundas na sociedade e na
luta por justiça.
A Chacina de Unaí
é um marco na história do Brasil, lembrando a importância da luta por justiça
social e dos desafios enfrentados por aqueles que defendem os direitos dos
trabalhadores.
Norberto Mânica, um dos responsáveis pelo assassinato de três auditores fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho em Unaí (MG) em 2004, foi preso em Nova Petrópolis, RS. Ele foi condenado a 64 anos de prisão por homicídio qualificado e formação de quadrilha em 2023. Seu irmão, Antério Mânica, também foi preso. O caso, conhecido como "Chacina de Unaí", resultou na morte das vítimas que estavam fiscalizando o trabalho escravo na cidade. Os responsáveis foram condenados a pagar R$ 30 milhões em indenizações. Em 2024, Hugo Pimenta, um dos contratantes dos pistoleiros, foi preso. Além disso, um dos envolvidos no crime foi preso em 15 de janeiro deste ano em Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul, encerrando um longo período de impunidade, com o advento da prisão, os Auditores(as) Fiscais vestiram camisetas pretas com a frase "Justiça ainda que tardia" estampada.
Registros fotográfico (Sinait)
Vamos acabar definitivamente com a escravidão,somos livres!
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