quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Construção civil gera 5,4 mil novas vagas na Paraíba


 


Oferta de empregos na construção civil, cresceu 16,08% na Paraíba, durante o ano de 2011, liderando taxa de empregos formais.

Por Demócrito Garcia

O emprego na construção civil cresceu 16,08% no estoque e liderou a taxa de emprego formal na Paraíba em 2011. De acordo com relatório do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o setor obteve um saldo positivo de 5,484 mil profissionais contratados no ano passado. Apesar de comércio (6,89%) e serviços (6,39%) terem gerado mais postos, variações foram menores na taxa de crescimento.

Em 2011, o setor serviços obteve o maior saldo absoluto de empregos com 6,760 mil no Estado (33,5% do total), enquanto o comércio somou 5,515 mil profissionais contratados, ficando com a segunda posição (27,3%). A construção veio logo atrás na terceira posição (5.484). No ano passado, a Paraíba gerou um saldo de 20,2 mil postos.

O presidente do Sindicato da Indústria da Contrução Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP), Irenaldo Quintans, disse que já esperava este número devido aos investimentos das construtoras no setor e pelo potencial de crescimento que a Paraíba possui. Em números absolutos, o Estado contratou 31.282 novos trablhadores em 2011 contra 25,798 mil desligamentos. O único empecilho, segundo Irenaldo Quintans, para um saldo ainda maior foi a "falta de mão de obra especializada".

No cenário nacional, o Estado registrou o sétimo maior índice.

O ranking é liderado pelo Amapá, com base fraca, expandiu até 54,22% dos postos. O vizinho Estado de Pernambuco ficou com o índice de 17,22% na variação de empregos no setor da construção civil em todo ano, o quinto do país. Na média nacional, o índice de empregos na construção civil também foi positivo, com 8,78%.

Devido à desaceleração da economia vivida pelo país e no Estado em 2011, o saldo da geração de emprego em todos os setores da economia tiveram desempenho menor do que no ano anterior. Os setores de serviços (-17,28%) e da construção civil (-20,58%) recuaram menos que comércio (-29,48%). Já a indústria de transformação (-63,25%) registrou o maior recuo.

Contudo, as projeções para 2012 são positivas. No mínimo de manutenção de postos do setor da construção. O que poderá se confirmar "se não reduzirem as linhas de crédito e as taxas de juros tiverem redução", apontou Quintans.

O diretor comercial da construtora Planc, Clóvis Cavalcanti, destacou que as linhas de crédito de bancos privados, tanto para as empresas como para os clientes finais, foram grandes motivadores da geração de emprego no setor.

"Nos últimos três anos, o crédito foi facilitado e isto impulsionou bastante o setor em todo o Brasil e especialmente no Nordeste", afirmou Clóvis.

Ele enfatizou ainda que a Paraíba vem crescendo forte no setor.

"É só olhar para cima para perceber isto", indica. Segundo Clóvis, o mercado exigirá postura mais profissional daqueles que se dispuserem a construir em 2012, mas com crescimento não muito além do que houve em 2011.

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