O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ)
quer maior interação entre empresas de telefonia celular, emissoras de rádio e
televisão e defesas civis do estado e dos municípios fluminenses para que haja
maior agilidade na divulgação dos alertas sobre desastres naturais.
O MPF-RJ promoveu reunião hoje (27) com as operadoras de
telefonia celular Oi, Claro, Tim e Vivo na sede da Procuradoria da República no
Estado do Rio de Janeiro, no Centro da cidade. Também participaram
representantes da Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado do
Rio de Janeiro (Aerj), diretores e coordenadores municipais da Defesa Civil do
estado e dos municípios.
A reunião teve como objetivo firmar termo de ajustamento
de conduta. Os envolvidos se comprometem a adotar as providências técnicas
necessárias para difundir em tempo hábil alertas e informações de emergência à
população, emitidos pelas defesas civis estadual e municipais, sobre risco de
desastres naturais, como enxurradas, deslizamentos e enchentes, já a partir
desse período chuvoso de 2013-2014.
Em entrevista à Agência Brasil, a procuradora da
República Luciana Portal Gadelha informou que as operadoras de telefonia não
colocaram obstáculos para que sejam disparados SMS (torpedos) com alertas sobre
os riscos de desastres naturais. Solicitaram, no entanto, prazo para que as
medidas sejam implementadas.
Segundo Luciana Gadelha, o problema é que “apesar do
papel importante que as emissoras de rádio e televisão já exercem, o que ocorre
é que, muitas vezes, elas têm divulgado os riscos de desastres após a
ocorrência dos [fenômenos]. E o que o MP quer é que estes alertas sejam
divulgados antes que eles ocorram para que a população possa deixar suas casas
e tenham a suas vidas preservadas”.
Durante a reunião, os representantes das defesas civis
dos municípios de Paty do Alferes, São Gonçalo, Rio Bonito e Belford Roxo
informaram que, em seus municípios, nem mesmo o serviço 199 funciona
adequadamente.
Agência Brasil
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