Os otimistas
acabam de ganhar mais um motivo para ficar ainda mais de bem com a vida:
pesquisadores da Universidade de Lllinois realizaram uma pesquisa abrangente
com mais de 5100 adultos de 45 a 84 anos para examinar possíveis relações entre
a saúde do coração e o otimismo. A conclusão? “Indivíduos com os níveis mais
altos de otimismo têm o dobro de chances de estar com uma saúde cardiovascular
ideal se comparados com suas contrapartes mais pessimistas”, disse em um comunicado Rosalba Hernandez, autora principal do
estudo.
O número vale para o cenário analisado no qual a relação
entre os dois fatores é mais forte, que é quando entram em jogo características
sociodemográficas como idade, etnia, renda e qualidade da educação. Os
resultados obtidos foram apresentados da seguinte forma: levando em conta os
dados sociodemográficos, os voluntários mais otimistas tinham duas vezes mais
chances de estar com a saúde do coração em estado ideal e uma probabilidade 55%
maior de tê-la em um nível intermediário. Sem incluir as informações qualitativas,
os índices gerais ficaram 50% maiores para o caso intermediário e 76% maiores
para o ideal.
Para chegar a estas porcentagens, os pesquisadores
utilizaram questionários e quantificaram a saúde cardiovascular dos
participantes através de sete métricas, utilizadas pela Associação Americana do
Coração: pressão sanguínea, índice de massa corporal, glicose plasmática e
níveis de colesterol em jejum, ingestão alimentar, atividade física e uso de
tabaco. Cada um recebeu pontuações em cada quesito que variavam entre 0, 1 e 2,
representando respectivamente desempenhos baixo, intermediário e ideal. A nota
final, com máximo de 14, representava a saúde cardiovascular total do
indivíduo.
De acordo com o artigo, que deve ser publicado na edição
de janeiro do periódico Health
Behavior and Policy Review, os otimistas também apresentaram
melhores níveis de açúcar e de colesterol no sangue, além de serem mais
fisicamente ativos, terem índices de massa corporal mais saudáveis e serem
menos propensos a fumar. Rosalba destacou que as descobertas são de relevância
clínica pois um estudo de 2013 associou o aumento de um ponto na nota
cardiovascular total com uma redução de 8% no risco de derrame cerebral. “Em um
nível populacional, mesmo esta diferença moderada na saúde cardiovascular se
traduz em uma redução significativa nas taxas de mortalidade”, afirmou a
pesquisadora.
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