O soldado Yago Monteiro Fidelis, da Polícia Militar do Distrito
Federal (PMDF), morreu na tarde deste domingo (14/1).
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) contabilizou mais de 13 mil casos de afastamentos de membros da corporação devido a questões de saúde mental. Após o incidente no último domingo (12), no qual um sargento tirou a vida de seu colega dentro da viatura antes de se suicidar, a instituição emitiu uma nota destacando a prioridade dada à saúde mental.
Foram validados 2.525 atestados de afastamento por doenças
mentais na PMDF ao longo do último ano. Adicionalmente, dados obtidos por meio
da Lei de Acesso à Informação (LAI) revelam os índices desde 2017, totalizando
mais de 10.743 afastamentos. Na resposta da corporação, não foram especificadas
as licenças referentes a 2022.
O ano de 2020 registrou o maior número de casos, com o Centro de
Perícias e Saúde Ocupacional (CPSO) da PMDF documentando 2.622 afastamentos.
Observa-se, ainda, um aumento de 82% nas ocorrências desse tipo ao comparar o
último ano com 2017.
Juliana Martins, psicóloga e coordenadora institucional do Fórum
Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), realiza estudos sobre a saúde mental de
policiais em todo o país. Ela salienta que o tema é um tabu ainda mais
acentuado entre os militares, dado que são profissionais inseridos em um
ambiente que frequentemente enfatiza valores como “força” e “virilidade”.
“Essas organizações capacitam esses profissionais para serem
combatentes, enfrentando um inimigo que pode estar em qualquer lugar. Assim,
são profissionais constantemente alerta, lidando diariamente com situações de
vida e morte”, aponta.
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