quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Auditora Fiscal é denunciada após propor uma “bomba atômica no Nordeste”


Desculpem os nordestinos, mas essa região merecia uma bomba como em Nagasaki, para nunca mais nascer uma flor nos próximos 70 anos”, disse Auditora Fiscal após apuração das eleições à Presidência da República de 2014

Auditoria Fiscal do Trabalho foi denunciada ao Ministério Público por incitar ódio contra nordestinos. Postagem e conta de Ingrid Berger foram posteriormente deletadas (reprodução).
O resultado das eleições à Presidência da República de 2014 repetiu uma cena que foi vista nas eleições de 2010: uma enxurrada de postagens nas redes sociais que incitam o ódio aos nordestinos.

Na noite deste domingo, diversos internautas denunciaram usuários de redes como Facebook e Twitter por incitar o ódio contra os nordestinos.

E uma delas, Ingrid Berger, foi denunciada na Ouvidoria do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) por postar em seu perfil no Facebook que o Nordeste “merecia uma bomba como Nagasaki, para nunca mais nascer uma flor nos próximos 70 anos”.

A denúncia foi feita na esfera administrativa, pois a denunciada é auditora fiscal do Trabalho, aprovada em um concurso de 2013, que está em estágio probatório, e por isso, ainda não tem o direito à estabilidade funcional dada aos servidores públicos.

Atualmente, a servidora, que é formada em direito, está lotada Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Cuiabá, no Mato Grosso.

A denúncia foi protocolada pelo advogado baiano Durval Saback que afirmou ter recebido a mensagem através de um colega pelo Whatsapp e checou a veracidade da informação, e, através de um outro colega, que também é auditor fiscal, confirmou que ela foi aprovada no concurso público.

“A denúncia foi feita na ouvidoria do Ministério do Trabalho para apurar se ela cometeu infração que possa ferir o Código de Ética do Servidor, para instaurar um processo administrativo disciplinar. 

Somente depois é que se saberá se ela cometeu a infração, para ser demitida do serviço público ou não”, explica.

Algum tempo depois, segundo o advogado, a conta de Ingrid Berger foi deletada, assim como a postagem. Mas o print da tela foi salvo.

Mensagens de incitação ao ódio, discriminação e racismo postados em rede sociais ainda podem ser investigadas pelo MPF.

A denunciada ainda pode ser investigada na esfera cível e penal.

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