Por: Nailson Júnior
Fonte:
Assessoria de Imprensa: Sintur-JP
Motociclistas
devem manter distância segura de ônibus para evitar riscos com “ponto cego”,
alerta Sintur-JP“Pontos cegos” são áreas ao redor dos ônibus que ficam fora do
campo de visão do motorista, mesmo com o auxílio dos espelhos retrovisores.
Sintur-JP informa que motoristas de coletivo passam por treinamentos
específicos.
Cerca
de 80% das vítimas de sinistros de trânsito atendidas pelo Hospital Estadual de
Emergência e Trauma de João Pessoa são motociclistas. São centenas de
ocorrências todos os meses, reforçando a necessidade de conscientização e
prevenção.
Diante
desse cenário, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de João
Pessoa (Sintur-JP) alerta para os riscos dos chamados “pontos cegos” — áreas ao
redor dos ônibus que ficam fora do campo de visão do motorista, mesmo com o
auxílio dos espelhos retrovisores.
A
especialista ressalta que os motociclistas estão entre os mais vulneráveis.
“Por serem veículos menores, com alta mobilidade, é comum que eles transitem
nas laterais de carros, ônibus e caminhões — justamente onde os pontos sem
visibilidade são mais presentes. Essa exposição exige atenção redobrada tanto
dos condutores de motocicletas quanto dos condutores dos demais veículos. No
processo educativo, é fundamental educar que o tamanho reduzido da moto não a
torna invisível — mas sim que todos precisam respeitar o espaço e os limites de
percepção de risco no trânsito”.
*Comportamentos
de risco e prevenção*
Segundo
Abimadabe Vieira, algumas atitudes aumentam significativamente o risco de
acidentes.
“Comportamentos
como trafegar entre faixas, ultrapassar pela direita ou ficar ‘colado’ na
lateral do ônibus aumentam significativamente o risco de o motociclista estar
no ponto cego, ou seja, na zona onde o motorista não consegue vê-lo. Além
disso, parar ao lado do ônibus em cruzamentos, sem manter uma distância segura,
é extremamente perigoso. Do ponto de vista pedagógico, é essencial mostrar aos
motociclistas em formação que sua segurança depende de escolhas conscientes e
do respeito às regras de circulação. A pressa ou a tentativa de ‘ganhar tempo’
não pode superar o valor da vida”.
Ela
também orienta que o motociclista deve adotar uma postura ativa para ser visto.
“O
motociclista deve sempre se posicionar de forma visível, mantendo distância
lateral segura e evitando permanecer por muito tempo ao lado de veículos
grandes como ônibus. Além disso, é fundamental que ele utilize faróis acesos,
sinalize todas as suas manobras e, sempre que possível, busque o contato visual
com o motorista — especialmente em cruzamentos e mudanças de faixa. No processo
educativo, é importante promover a percepção de que ‘Ver e ser visto no
Trânsito’ é uma ação ativa do motociclista. Estar atento, prever movimentos e
se posicionar corretamente são atitudes que salvam vidas”.
*Treinamento
e capacitação dos motoristas de coletivo*
Para
contribuir com a prevenção de acidentes, o Sintur-JP informa que 389 motoristas
já participaram de treinamentos específicos sobre ponto cego. Além disso, os
condutores passam por capacitação continuada, com um programa mensal de cursos que
abordam temas como “Direção Defensiva: Evitando Acidentes”, “Comportamento
Seguro no Trânsito”, “Técnicas de Condução Econômica” e “Boas Práticas em
Situações Adversas”.
“Na
condição de um dos principais atores do transporte público e do trânsito, nos
vimos no dever de chamar a atenção dos demais atores, das autoridades de
trânsito e da sociedade para a importância do tema”, chama atenção Isaac Jr.
Moreira, diretor institucional do Sintur-JP. “Saber o que é o ponto cego e agir
de modo a prevenir sinistros é uma importante contribuição de todos”,
complementou.
O
Sintur-JP ressalta que a convivência harmoniosa entre diferentes modais de
transporte depende de atenção, respeito e adoção de práticas seguras por todos
os condutores.
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