O evento foi considerado um "sucesso" por Márcio Facchini Garcia, presidente da OAB-Cataguases, que revelou estar agendando outros seminários para 2015.
O juiz titular da Vara do Trabalho de Cataguases, Tarcísio de Brito, fez a primeira palestra do evento
Com 140 participantes, foi aberto na noite de quinta-feira (27) e encerrado nesta sexta (28), na Casa do Advogado de Cataguases, sede da 6ª Subseção da OAB mineira, presidida por Márcio Facchini Garcia, o Seminário sobre Saúde e Segurança do Trabalhador. Iniciativa da Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 3ª Região com a OAB, através da 6ª Subseção de Cataguases, o evento teve por objetivo discutir a aplicação das Normas Internacionais do Trabalho pela Justiça do Trabalho brasileira em matéria de saúde e segurança do trabalhador, as alterações das Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança do Trabalho e as indenizações por doença psíquica e acidente do trabalho, além de ser mais uma ação para que o TRT atinja o objetivo estratégico, "desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes dos magistrados e servidores".
Em sua manifestação, a 2ª Vice-Presidente lembrou que o embrião do seminário foi a constatação do juiz Tarcísio Corrêa de Brito, titular da Vara do Trabalho de Cataguases, e de duas advogadas da cidade, Sueli Nunan e Fernanda Leonardo, do grande número de adoecimento de trabalhadores da região o que provocou a seguinte reflexão: O papel da Justiça do Trabalho deve ir além de julgar processos. A justiça deve ter também um papel social que pode ser exercido por sua Escola Judicial ao organizar, por exemplo, ações como o seminário, ora realizado em Cataguases, o que permite também a interiorização de suas ações, oportunidade de conhecimento e debate.
Encerrando os trabalhos do primeiro dia, após a palestra do juiz de Cataguases, a juíza Martha Halfeld Furtado de Mendonça Schmidt, titular da 3ª Vara do Trabalho de Juiz de Fora, que atuou como mediadora, em suas ponderações falou da aplicabilidade do Direto Internacional e do Direito Constitucional na sua prática como magistrada, destacando a qualidade da palestra inaugural do seminário que contou na plateia com advogados, estudantes e servidores da Justiça do Trabalho,
O segundo palestrante da manhã, o juiz do trabalho Marcelo Furtado Vidal, titular da 10ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, mestre em Filosofia do Direito e em Direitos Sociais, e conselheiro da Escola Judicial, assim resumiu sua exposição sobre o tema "Indenização por doença psíquica: o direito do trabalho e a controvérsia sobre o nexo causal":
- O ordenamento jurídico protege a saúde mental do trabalhador e diversos diplomas legais autorizam o empregado a ajuizar reclamação trabalhista com pedido de indenização por dano moral decorrente de transtornos mentais resultantes do trabalho. A experiência judicial advinda das audiências, entretanto, tem revelado aumento crescente de infundadas alegações de sofrimento psíquico, ainda que em nome de um trabalho digno, o que vem exigindo do Direito do Trabalho uma ressignificação dos seus princípios fundantes.
Nas duas últimas palestras, que foram seguidas de debate, atuou como mediador o advogado Rafael Marques Ponte, professor de Direito do Trabalho e Previdenciário.
O seminário foi encerrado pelo coordenador acadêmico da Escola Judicial do TRT da 3ª Região, juiz Mauro César Silva, titular da 1ª Vara do Trabalho de Betim, e pelo advogado Márcio Facchini Garcia, presidente da 6ª Subseção da OAB de Minas Gerais que destacaram a importância do seminário para Cataguases e a participação principalmente de acadêmicos de direito e advogados da região.
Autor: Divina Dias
Fonte: Assessoria de Comunicação do TRT 3ª Região
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