quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Sentido obrigatório: educação para o trânsito, cidadania à frente

Por Abimadabe Vieira*

 

‘Educar’ vem do latim educare, por sua vez ligado a educere, verbo composto do prefixo ex (fora) e ducere (conduzir, levar), e significa literalmente ‘conduzir para fora’, ou seja, preparar o indivíduo para o mundo. Tem sua proposta no método maiêutico através de Sócrates, não oferecendo respostas, mas fazer novas perguntas que guiem o educando para dentro de si, em busca da resposta, acreditando que a melhor forma de educar, é tornando o aprendiz um pensador.

 

A educação para o trânsito tornou-se um instrumento essencial para garantir a conscientização e boas práticas para um trânsito seguro. De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Educação para o trânsito é tema a ser abordado na Educação Básica de forma transversal, aproximando os docentes e discentes cada vez mais na realidade da sociedade, contribuindo para a cidadania, construção da formação da personalidade e compreendendo seu papel social, como sujeito de direitos e deveres.

 

Pensando nisto, compreende-se a relevância da aproximação junto às instituições de ensino, a fim de levar um trabalho para os alunos, pois acredita-se que a Educação atua de forma preventiva e a longo prazo na formação do cidadão do futuro, esse que contribui para os tempos vindouros.

 

Com o propósito de minimizar o impacto da desigualdade social durante a pandemia do Covid 19 e assegurar que todos os alunos, familiares e escolas das três redes de ensino tenham condições para seguir aprendendo e se desenvolvendo, ainda que de forma remota, seguindo a Lei 9.503 de 23 de setembro de 1997, ou seja, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB artigo 76), foi idealizada e concretizada ações de videoaulas sobre a temática trânsito para crianças, jovens e adultos, esse último por meio da metodologia andragógica, a qual é necessário que o adulto utilize da prática para uma melhor percepção do assunto e essa instrução adquirida tem o poder de ser repassada para outros indivíduos.

 

Com base nesse cenário, os projetos visam a educação desses atores por meio de assuntos relevantes sobre o trânsito, seguindo a resolução 30/1998 como: acidentes com pedestres, ingestão de álcool, excesso de velocidade, segurança veicular, equipamentos obrigatórios dos veículos e seu uso; abordando também o novo relatório proposto da Organização das Nações Unidas (ONU), como, uso do celular ao volante, dirigir com sono e fadiga, e ainda sob efeito de medicamentos.

 

Entre esses projetos, pode-se citar: “Educação remota em tempos de pandemia: o trânsito não pára”, “Semáforo em trânsito: pare, espere e siga essa ideia”, e “Eu te protejo: cinto de segurança, conte comigo!”, as quais foram alcançadas cerca de 2.500 (duas mil e quinhentas) crianças até o presente momento e o projeto tende a aumentar, pois mais escolas estão aderindo-os por compreenderem a sua real importância para a salvaguarda a vida no trânsito.

 

É válido afirmar que, o objetivo do trabalho preza pelo fornecimento de recursos e suportes para reduzir os impactos originados pela pandemia, na educação para o trânsito, ao qual impediu as vivências através de “pitstop”, palestras e congressos. Sabendo-se que nada substitui o trabalho presencial, e com o intuito de avançar esse projeto próspero, irá seguir o trabalho remoto a fim de alcançar toda a sociedade, atendendo principalmente, escolas públicas e privadas de forma gratuita.

 


*Abimadabe Vieira é representante estadual do Maio Amarelo na Paraíba;

Observadora Certificada pelo OBSERVATÓRIO Nacional de Segurança Viária;

Sub-gerente da Educação para o Trânsito na SEMOB-Cabedelo/Paraíba. 

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