quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Recomendações de como trabalhar com segurança, a Norma Regulamentadora NR-35


Atividade perigosa que mata, pagamos por um custo na saúde pública devido descaso de quem insiste pelo não cumprimento de normas de segurança.

Por Eli Almeida - Campina Grande/PB

De inexpressiva no meio de inúmeras recomendações de como trabalhar com segurança, a Norma Regulamentadora NR-35, bem mais ampla, passou a ser uma das NR´s importante na prevenção de acidentes, no que diz respeito ao trabalho em altura.

A incorporação de mais itens na legislação do trabalho em altura prometia ser eficiente para coibir lesões, mas desde sua reformulação pouca coisa melhorou neste ramo laboral.

O assunto é recorrente, parece sem solução, trabalhar sem obedecer critérios técnicos definidos pela NR -35 virou uma situação banal. Tanto que queda de altura no trabalho responde por 40% dos acidentes de trabalho no Brasil, segundo dados de 2019, do então Ministério do Trabalho e Emprego.

Executar um serviço em altura requer alguns critérios, como por exemplo, que o trabalhador seja submetido a uma capacitação, que disponha de equipamentos de proteção específico, além de contar com estado de saúde apto.

Mas não é bem isso que estamos acostumados a presenciar no cotidiano, mesmo existindo uma legislação sobre essa atividade.

Trabalhar equipado e seguindo todos os aspectos técnicos, de acordo com a Norma Regulamentadora NR-35, editada pelo Ministério da Economia, não é uma prática comum, em especial entre empresas de porte menor e nem por parte de pessoas que desenvolvem algum tipo de serviço em altura, que sejam autônomos.

Casos de acidentes e até lesões fatais com esse grupo não entram nas estatísticas oficiais, mas que se juntam a outros custos, pagos pela sociedade.

Um gasto com a saúde pública que se divide para todos, pago até por quem não seja responsável por um serviço executado de maneira inadequada, que poderia ser minimizado se ocorresse uma conscientização para inclusão de medidas de segurança, isso por parte de quem manda executar esse tipo de serviço.

A ausência de políticas de Estado, com órgão fiscalizador sucateado em todo país, déficit de Auditores-Fiscais do Trabalho com vista a inibir essa prática inadequada que mata, também é um dos fatores contribuintes para sequência de irregularidades e mortes.

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