“Na área da saúde devemos ter a eterna vigilância, porque o trabalhador precisa sair para trabalhar e voltar para casa inteiro”, declarou Arnaldo Gonçalves, secretário Nacional de Saúde e Segurança da Força Sindical, ao encerrar os debates sobre o tema “Ação Sindical em Defesa da Saúde do Trabalhador”, que faz parte do Ciclo de Debates sobre as comemorações dos 20 anos da Central.
Nos debates, as entidades e o governo deixaram claro a importância do trabalho conjunto tripartite – centrais, governo e empresários – desenvolvido na área da saúde e consideraram correta a defesa da jornada de 40 horas . “A situação é grave. De acordo com as estatísticas, morre um trabalhador a cada 3h30, vítima de acidente de trabalho”, declarou João Scaboli, mediador do debate.
Remigio Todeschini, diretor nacional de Políticas de Saúde Ocupacional do Ministério da Previdência Social, destacou que é preciso fortalecer estudos e pesquisas para conhecer novas realidades, novas condições de trabalho, novas tecnologias; e necessário ação integrada dos ministérios do Trabalho, Previdência e Saúde e, a criação de uma superintendência de riscos profissionais.
Reinaldo Marinho Costa Lima, diretor do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, do Ministério do Trabalho, destacou o trabalho desenvolvido por trabalhadores, empregadores e governo na elaboração das NRs (Normas Regulamentadoras). Já Hamilton Dias de Moura, da Coordenação do Fórum Nacional das Centrais Sindicais em Saúde do Trabalhador, defendeu a mobilização para evitar as mortes de trabalhadores.
Desafios
O assessor da Coordenação Geral da Saúde do Trabalhador, do Ministério da Saúde, Jorge Machado, citou os desafios que os técnicos da saúde e dirigentes sindicais enfrentam para encarar os acidentes que ocorrem. Por exemplo, como lidar com situações como a dos cortadores de cana que morrem de exaustão, daqueles que manipulam produtos químicos e agrotóxicos, da poluição que começa nas fábricas e ganha as ruas. “ Como desmontar essa armadilha de modelo de desenvolvimento? Quem vai pautar esse saber são os trabalhadores”, observou.
Copa
Marcos Antonio de Almeida Ribeiro, presidente do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho no Estado de S. Paulo, demonstrou preocupação com as três mil mortes de trabalhadores com carteira assinada (as estimativas apontam até 25 mil por ano) e com as obras para a Copa do Mundo. “Falou-se de tudo, menos dos cuidados com a saúde dos trabalhadores”, disse.
“As mortes são previsíveis, evitáveis, mas passam por nós como um transatlântico”, afirmou Francisco Pedra, coordenador do Observatório de Saúde do Trabalhador. Na sua opinião, o Brasil é um campeão mundial de falseamento das estatísticas. Oficialmente as mortes estão diminuindo, mas com o crescimento da economia e sem nenhuma medida extra de proteção é difícil crer na redução do número de mortes. Isso contraria até as estatísticas feitas em outros países”, explicou.
Pedra recomendou forte reação a cada morte de trabalhador, como forma de diminuí-las.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Força Sindical
Nos debates, as entidades e o governo deixaram claro a importância do trabalho conjunto tripartite – centrais, governo e empresários – desenvolvido na área da saúde e consideraram correta a defesa da jornada de 40 horas . “A situação é grave. De acordo com as estatísticas, morre um trabalhador a cada 3h30, vítima de acidente de trabalho”, declarou João Scaboli, mediador do debate.
Remigio Todeschini, diretor nacional de Políticas de Saúde Ocupacional do Ministério da Previdência Social, destacou que é preciso fortalecer estudos e pesquisas para conhecer novas realidades, novas condições de trabalho, novas tecnologias; e necessário ação integrada dos ministérios do Trabalho, Previdência e Saúde e, a criação de uma superintendência de riscos profissionais.
Reinaldo Marinho Costa Lima, diretor do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, do Ministério do Trabalho, destacou o trabalho desenvolvido por trabalhadores, empregadores e governo na elaboração das NRs (Normas Regulamentadoras). Já Hamilton Dias de Moura, da Coordenação do Fórum Nacional das Centrais Sindicais em Saúde do Trabalhador, defendeu a mobilização para evitar as mortes de trabalhadores.
Desafios
O assessor da Coordenação Geral da Saúde do Trabalhador, do Ministério da Saúde, Jorge Machado, citou os desafios que os técnicos da saúde e dirigentes sindicais enfrentam para encarar os acidentes que ocorrem. Por exemplo, como lidar com situações como a dos cortadores de cana que morrem de exaustão, daqueles que manipulam produtos químicos e agrotóxicos, da poluição que começa nas fábricas e ganha as ruas. “ Como desmontar essa armadilha de modelo de desenvolvimento? Quem vai pautar esse saber são os trabalhadores”, observou.
Copa
Marcos Antonio de Almeida Ribeiro, presidente do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho no Estado de S. Paulo, demonstrou preocupação com as três mil mortes de trabalhadores com carteira assinada (as estimativas apontam até 25 mil por ano) e com as obras para a Copa do Mundo. “Falou-se de tudo, menos dos cuidados com a saúde dos trabalhadores”, disse.
“As mortes são previsíveis, evitáveis, mas passam por nós como um transatlântico”, afirmou Francisco Pedra, coordenador do Observatório de Saúde do Trabalhador. Na sua opinião, o Brasil é um campeão mundial de falseamento das estatísticas. Oficialmente as mortes estão diminuindo, mas com o crescimento da economia e sem nenhuma medida extra de proteção é difícil crer na redução do número de mortes. Isso contraria até as estatísticas feitas em outros países”, explicou.
Pedra recomendou forte reação a cada morte de trabalhador, como forma de diminuí-las.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Força Sindical
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