Competição esportiva é TRABALHO, muitas vezes iniciado na infância e com efeitos para o resto da vida.
O clima olímpico fascina
espectadores do mundo inteiro. Afinal estamos falando sobre uma tradição
histórica, com atletas competindo e representando nações. Pessoas que atuam no
mais alto nível. Capazes de feitos incríveis. Mas o alto rendimento esportivo
passa longe de ser um conto de fadas.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
A ginasta norte-americana
Simone Biles é exemplo disso. Expectativas elevadas, pressão e cobranças
absurdas demais para qualquer ser humano, fizeram ela se retirar de algumas
competições. Assim que eu piso no tablado, sou só eu e a minha cabeça, lidando
com demônios. Tenho que fazer o que é certo para mim e me concentrar na minha
saúde mental e não prejudicar minha saúde e meu bem-estar. Há vida além da
ginástica (...) Sempre que você entra em uma situação de alto estresse, você
meio que enlouquece. Tenho que me concentrar na minha saúde mental e não
colocar em risco minha saúde e bem-estar. É uma droga quando você está lutando
com sua própria cabeça. Você quer fazer isso por si mesmo, mas ainda fica muito
preocupada com o que todo mundo vai dizer", afirmou.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Note que estamos analisando o
caso de alguém que lida com pressões extremas. Mas que possui todo um suporte
técnico, médico e financeiro. E o que dizer da situação daqueles que não estão
no Olimpo? Trabalhadores, estudantes, empreendedores. Guardadas as devidas
proporções, todos são exigidos em patamares que afetam a sanidade de forma cada
vez mais destrutiva. O que quero dizer é que o caso da Simone é apenas a ponta
do iceberg, de uma sociedade cuja mentalidade colocou produtividade acima da
sanidade.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Entre o ouro e a integridade: "Eu digo colocar a saúde mental em primeiro lugar antes de seu esporte", disse Biles sobre sua decisão. "Eu tinha que fazer o que é certo para mim e não colocar em risco minha saúde e meu bem-estar."
Por @professorkrauss
Nenhum comentário:
Postar um comentário