domingo, 30 de junho de 2013

Terreiro do forró TST



Professores e alunos do curso de formação de TST da UNEPI se reuniram para comemorar o São Pedro no Condomínio Residencial Portal do Seixas em Mangabeira VII, ambiente familiar e muito aconchegante.

Forró animado, muitas comidas típicas, em noite iluminada por estrelas e fogos de artifício ao som do autêntico pé de serra e ciranda.

Ciranda


Parabéns aos organizadores do Evento Alexandre e Ênio.


quinta-feira, 27 de junho de 2013

Workshop de ergonomia


Palestra gratuita sobre Segurança do Trabalho acontece em Itu-SP

Nesta sexta-feira, dia 28, a partir das 19 horas, acontece em Itu uma palestra gratuita sobre Segurança do Trabalho, promovida pelo Instituto da Construção. O evento será ministrado pelo Técnico em Segurança do Trabalho Antônio Carlos Cordeiro, de Cabreúva, que conta com uma trajetória de anos no mercado e pretende compartilhar um pouco de sua experiência com os participantes.

A palestra terá como tema principal a NR 18 – Norma Regulamentadora que dispõe sobre condições e ambiente de trabalho na indústria da construção e contará com, aproximadamente, uma hora e meia de duração. Na sequência, os convidados poderão participar de um coquetel, no qual terão a oportunidade de conversar sobre os aspectos abordados pelo ministrante e conhecer outros profissionais que atuam nesta área na região.

A entrada é gratuita, mas requer confirmação prévia, pois as vagas são limitadas. Todos os participantes irão receber um certificado de participação ao final da palestra. Quem tiver interesse em participar deve entrar em contato com o instituto através do e-mail itu.comercial@institutodaconstrucao.com.br e também do telefone (11) 2715-9968.

As inscrições permanecem abertas até as 15 horas da sexta-feira. O Instituto da Construção fica na Rua José Lyra Filho, nº 53, Vila Nova (atrás do Gandini Hotel). 

Por André Roedel


1° Simpósio em Saúde do Trabalhador na Construção Civil de Uberlândia -MG

A construção civil é um dos principais setores da economia na geração de emprego e renda hoje no País. Em contrapartida, o setor também está no alto da pirâmide quando se fala em estatística de acidentes no trabalho. A construção civil é considerada a segunda causadora de acidentes graves ou fatais. O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) em Uberlândia quer mudar essa realidade e, para isso, promoveu nesta quarta feira (22) o 1° Simpósio em Saúde do Trabalhador na Construção Civil, que foi realizado Universidade Federal de Uberlândia. 

Segundo a coordenadora do Cerest, Silvia Fonseca, em Uberlândia a taxa de notificações em acidentes mais que triplicou nos últimos três anos. Em 2010, foram registrados 68 acidentes, enquanto no ano passado foram 205 casos. “Esse primeiro seminário é somente um pontapé, queremos construir aqui um Fórum Permanente de discussão sobre prevenção. Os nossos índices estão altos, temos que diminuir essas notificações”, afirma Silvia Fonseca.

Para o professor do Instituto de Geografia da (UFU) Samuel do Carmo Lima, que ministrou a palestra de abertura do seminário, a saúde do trabalhador é responsabilidade de toda a sociedade. “Esse tema não é responsabilidade só do empregador ou trabalhador, mas sim de toda sociedade civil, e as ações na prevenção devem ser conjuntas com todos os setores representados aqui”, afirma o palestrante. 

O gerente regional do Ministério do Trabalho e Emprego, Juracy Alves dos Reis, a ideia do seminário é justamente integrar os atores envolvidos em todo o processo. “Precisamos unir aqui os construtores, sindicatos, técnicos de segurança do trabalho, a fim de melhorar o planejamento no canteiro de obras tendo como princípio a prevenção, afirma Juracy.

Para o representante do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho (Sintest-MG),  Winderson Arsênio, esse evento é um marco para Uberlândia. “Não podemos continuar com essa realidade crescente em acidentes. De acordo com as estatísticas, os casos mais graves estão na construção civil, onde, em sua maioria, causam danos irreversíveis ao trabalhador”, afirma Winderson.

Para o Ministério Público do Trabalho, que estava representado pela procuradora Tatiana Campelo, as ações de prevenção não podem ser só de responsabilidade do trabalhador. “Hoje, a culpa de forma geral pelas notificações não está somente na não utilização dos equipamentos individuais de segurança. É necessário também que o ambiente de trabalho ofereça os utensílios de prevenção de forma coletiva. O foco é o planejamento antes do início da obra e as ações de proteção” afirma a procuradora.

De acordo com a presidente da Associação das Vítimas em Acidentes de Trabalho, o número de acidentes se deve, principalmente, à sucessão de erros em processos de segurança que ocorrem dentro do canteiro de obras. “No caso de acidente, além das seqüelas físicas às vitimas, ainda existe o fator social. A família perde um dos seus principais provedores e isso é muito grave”, afirma Viviane Parreira.     


Brasileiros são os profissionais mais estressados do mundo


SÃO PAULO - Uma pesquisa feita pela empresa de recrutamento Robert Half revelou que os brasileiros são os profissionais mais estressados do mundo. Mais de 40% dos trabalhadores sofrem frequentemente de estresse e ansiedade em seu emprego, enquanto a média mundial ficou em 11%.

O estudo entrevistou 1.775 diretores de Recursos Humanos de 12 países, sendo 100 do Brasil. Se contabilizar os diretores de RH que trabalham com profissionais que sofrem estresse e ansiedade às vezes, o índice brasileiro sobe para 94%. Apenas 2% não se sentem estressados e 4% sentem os sintomas poucas vezes.
O Chile aparece em segundo lugar, com 33% dos entrevistados que afirmaram trabalhar com funcionários estressados. Já na outra ponta da lista, está a França, onde apenas 2% dos diretores de RH disseram trabalhar com profissionais muito estressados.
Profissionais mais estressados
Países
Profissionais estressados
*Robert Half
Brasil
42%
Chile
33%
Austrália
20%
Itália
16%
Cingapura
13%
Hong Kong 
12% 
Emirados Árabes Unidos 
9%
Reino Unido
8%
Bélgica
5% 
Alemanha
4% 
Holanda 
3% 
França 
2% 
Causas do estresse
Quando questionados sobre os fatores que contribuem para o estresse e ansiedade dos colaboradores, o excesso de carga de trabalho foi a causa mais apontada pelos diretores brasileiros (52%), seguido pela falta de reconhecimento (44%) e pressões econômicas (38%).
Já em relação às iniciativas que podem ser implantadas pelas companhias para driblar esse problema nos funcionários, 60% responderam que apostam no trabalho em equipe e 51% acreditam na reestruturação das funções de trabalho e tarefas.


TRT/CE e TST reúnem especialistas em acidentes de trabalho em Fortaleza

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Tribunal Regional do Trabalho do Ceará (TRT/CE) vão reunir, em Fortaleza, os maiores especialistas brasileiros sobre os temas acidentes de trabalho e proteção à saúde do trabalhador. Quais instrumentos jurídicos podem ser utilizados para garantir uma reparação adequada ao trabalhador acidentado? Quando utilizá-los? Essas são algumas das perguntas a serem debatidas nos dias 8 e 9 de agosto, durante o Seminário Acidente de Trabalho: Prevenção e Tutelas de Urgência.

As inscrições podem ser realizadas até o dia 2 de agosto no site www.prevencaoetutelas.com.br. Elas são gratuitas. Porém, limitadas à capacidade de lotação do auditório da Universidade do Parlamento do Ceará.

Os palestrantes do seminário serão os desembargadores Sebastião Oliveira (TRT/MG), Brasilino Ramos (TRT/DF e TO) e Cláudio Brandão (TRT/BA), o juiz Guilherme Feliciano (Taubaté), os procuradores do trabalho Raimundo Simão (Campinas) e Rodrigo Carelli (Rio de Janeiro), o professor Guilherme de Melo (Campinas) e a auditora fiscal do trabalho Ivone Baumecker (Belo Horizonte). Todos são referências pelo trabalho e produção literária relacionados ao tema do seminário.

"Os profissionais que virão a Fortaleza são considerados celebridades na condução de temas relacionados à prevenção de acidentes de trabalho e aos instrumentos jurídicos utilizados para evitá-los", explica um dos gestores nacionais do Programa Trabalho Seguro, desembargador José Antonio Parente. Ele também explica que o seminário no Ceará é o piloto de outro que deve ser realizado em Brasília no segundo semestre.

Um dos principais temas a serem debatidos durante o seminário será a utilização das tutelas de urgência. Elas têm como objetivo dar maior celeridade no trâmite do processo e estabilidade jurídica ao acidentado.

O advogado de um trabalhador acidentado que precise realizar imediatamente alguma cirurgia ou algum medicamento, por exemplo, pode utilizar a tutela de urgência para pedir que o empregador pague as despesas com o procedimento médico antes da sentença final do processo. Nesse caso, terá que comprovar que a cirurgia ou os medicamentos são realmente necessários e que não é possível aguardar até a sentença final. Também é preciso incluir provas que evidenciem a culpa do empregador.

Trabalho Seguro: O Seminário Acidente de Trabalho: Prevenção e Tutelas de Urgência é uma realização do Programa Trabalho Seguro. Criado pelo TST e pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho, o programa reúne diversas instituições públicas e privadas com o objetivo de formular e de executar ações que contribuam para a diminuição do número de acidentes de trabalho registrados no Brasil nos últimos anos.


(Fonte: TRT7)

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Reunião ordinária do CPR de Campina Grande e região

DATA: 27 DE JUNHO DE 2013

LOCAL: AUDITÓRIO DO SESI DO DISTRITO INDUSTRIAL DE CAMPINA GRANDE;
Avenida Assis Chateaubriand S/N, distrito industrial Campina Grande-PB.

HORÁRIO: 14:00H.

PAUTA:

- AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO PRIMEIRO SEMESTRE DESTE ANO;

- ELABORAÇÃO DE PROPOSTAS PARA ALTERAÇÃO DA NR 18;
(Texto Técnico Básico para Consulta Pública - Disponível até 22 de julho de 2013 - Norma Regulamentadora n.º 18)

- NR 35 - TRABALHO EM ALTURA - ANÁLISE DE PEDIDO DE PRORROGAÇÃO DE PRAZO DE VIGÊNCIA DA NORMA FEITO PELO SINDUSCON-PB;

- PROGRAMAÇÃO DE EVENTOS PARA O SEGUNDO SEMESTRE DE 2013;



Ana Mércia
José Ribamar Rodrigues Gomes
Coordenadores


Membros CPR-CG

Segurança é fundamental nas propriedades


A força da agropecuária brasileira é cada vez mais evidente, com safras recordes e novas fronteiras mercadológicas sendo desbravadas. O sucesso no campo se reflete no crescimento da mão de obra, mas também gera preocupação quanto ao bem-estar de empregados e empregadores. Embora os números referentes aos acidentes de trabalho no meio rural sejam raros e pouco representativos, diariamente os trabalhadores do campo estão expostos a condições de risco nas propriedades. Segurança do trabalho e saúde ocupacional ainda são consideradas temas precários, desconhecidos por muitos.

O engenheiro agrícola e de segurança do trabalho Juliano Rafael da Silveira esclarece que cada uma das tarefas tem particularidades com algum potencial de perigo, seja mecânico, ergonômico, físico, químico ou biológico. “As ameaças mais comuns encontradas nas propriedades rurais são as que envolvem operações com máquinas agrícolas e agroquímicos, grandes causadores, de acidentes uma vez que são operados fora dos padrões de segurança, com equipamentos tecnicamente inadequados.” A falta de treinamento e a ausência de instrumentos de proteção individual também ameaçam a integridade dos trabalhadores.

Segundo o especialista, que trabalha no escritório Doribio Grunevald e Advogados Associados, o tombamento de tratores é um dos acidentes mais frequentes no Vale do Rio Pardo e normalmente termina na morte do operador. Sinistros menos graves, muitas vezes, sequer são contabilizados. “A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), obrigatória segundo as normas do Ministério do Trabalho e Emprego, não é realizada na maioria dos casos.” Os dados estatísticos da Organização Mundial da Saúde (ONU) ainda são da década de 90 e destacam especialmente os óbitos por agrotóxicos no interior.

No dia a dia de Joel Junkherr, em São José da Reserva, interior de Santa Cruz do Sul, a segurança está em primeiro lugar. O agricultor, que cultiva tabaco, milho e soja, orgulha-se de nunca ter sofrido nenhum acidente de trabalho. “Aquele segundo de bobeira faz toda diferença, por isso é importante sempre estar atento”, diz. Além da própria integridade, o produtor prioriza a salvaguarda da esposa Alexandra e dos filhos Gustavo e Pedro. Como trabalha com implementos agrícolas pesados, que são consertados na própria propriedade, Junkherr não dispensa todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Preocupação na fumicultura

O Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco) e a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) assinaram um termo de compromisso com o Ministério Público do Trabalho (MPT/RS) para garantir a saúde e segurança dos produtores de tabaco. As empresas fumageiras são consideradas fundamentais nesse processo, tirando dúvidas e acompanhando o cumprimento das normas legais junto aos produtores integrados. Uma cartilha detalhada com orientações é distribuída no campo para que os agricultores trabalhem com segurança e protejam crianças e adolescentes.

Algumas medidas simples podem ser tomadas para se evitar possíveis acidentes de trabalho no campo.
Máquinas e implementos: as ferramentas de trabalho precisam ser adequadas e estar em boas condições, passando por manutenções frequentes;

agroquímicos: a segurança na armazenagem dos produtos, a utilização de EPI e a informação dos produtores são indispensáveis para evitar contaminações;

riscos biológicos: é fundamental o controle veterinário dos animais, a limpeza dos ambientes de trabalho e a vigilância médica dos trabalhadores.

MICHELLE TREICHEL
michelle@gazetadosul.com.br
Fonte: Lula Helfer

segunda-feira, 24 de junho de 2013

TST analisa terceirização de serviços em área-fim de plantio e colheita de cana-de-açúcar

Carolina Sarres - Agência Brasil

Indenização poderá chegar a R$ 500 mil em danos difusos e coletivos aos trabalhadores - um dos valores mais altos a serem cobrados no âmbito da Justiça do Trabalho.

Brasília - A indenização por terceirização de serviços em áreas-fim em um grupo de empresas no setor do plantio e colheita de cana-de-açúcar, na região de Campinas, em São Paulo, poderá chegar a R$ 500 mil em danos difusos e coletivos aos trabalhadores - um dos valores mais altos a serem cobrados no âmbito da Justiça do Trabalho. Nesta segunda-feira (24) está marcada uma audiência entre o Grupo Zilor - empresa responsabilizada pela terceirização - e o Ministério Público do Trabalho (MPT) - autor da ação civil pública -, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), instância em que a ação chegou, depois de ter passado pela Vara do Trabalho local e pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª região.

De acordo com informações do Ministério Público às quais a Agência Brasil teve acesso, o grupo de empresas acusadas arrendou a área em que fazia o preparo da terra, o plantio e a colheita de cana-de-açúcar, entre outras atividades, e as terceirizou a arrendatários. De acordo com a jurisprudência do TST, não é permitida a terceirização de atividades-fim. Esse entendimento tem sido seguido por instâncias inferiores da Justiça do Trabalho.

Neste caso específico, foi constatado pelo MPT que o grupo Zilor terceirizava 60% do fornecimento de cana-de-açúcar no início das investigações. Em 2003, essa terceirização teria chegado quase à totalidade da produção. A estimativa é a de que a Zilor cultive cerca de 130 mil hectares em cana-de-acúcar, que resultam em 9 milhões de toneladas em colheita e 400 milhões de litro de álcool por ano.

A Vara do Trabalho regional julgou procedente a denúncia do MPT, que endossou uma denúncia feita pela Federação dos Empregados no Setor Canavieiro do Estado de São Paulo e pelo Sindicato dos Condutores de Veículos e Trabalhadores em Transportes Rodoviários e Urbanos de Passageiros de Lençóis Paulista. Nessa primeira instância, a Zilor foi condenada a pagar uma indenização de R$ 200 mil.

O grupo recorreu e o caso chegou ao TRT, que também entendeu que a conduta de repassar tais atividades a outros particulares ou a empresas é irregular. O tribunal aumentou o valor da indenização, que atingiu os R$ 500 mil, que serão negociados nesta segunda-feira, no TST. Em ambas as instâncias, o argumento contrário à empresa foi a de que a responsabilidade pelos trabalhadores tem de ser do grupo - o que significa formalizar os contratos de trabalho, assumir os encargos de possíveis acidentes, arcar com tributos trabalhistas, entre outros. Estima-se que cerca de 7 mil trabalhadores estejam envolvidos nesta questão.

No caso do plantio e da colheita de cana-de-açúcar, a terceirização é um tema especialmente sensível, devido à recorrência de casos de uso de mão de obra infantil, de trabalho em condições degradantes ou mesmo análogas à escravidão, de ausência de equipamentos de segurança, de falta de controle das horas trabalhadas e demais outras possíveis situações que podem degradar as relações de trabalho. Com a terceirização desses serviços, a fiscalização é dificultada, assim como a responsabilização por atos irregulares.

Na primeira instância da Justiça, a ação não foi julgada procedente a todas as empresas do grupo Zilor - composta por quatro segmentos, a Companhia Agrícola Zillo; a Companhia Agrícola Luiz Zillo; a Usina Barra Grande de Lençóis e a Açucareira Zillo Lorenzetti. Ainda assim, a Vara do Trabalho determinou que todo o grupo deixasse de firmar parcerias agrícolas (o arrendamento) e assumir a responsabilidade pelos trabalhadores contratados para o trato da cana-de-açúcar, em todas as fases.

Para o TRT, o valor da indenização foi aumentado pois foi verificado que os salários dos trabalhadores foi reduzido após o arrendamento das produções - de R$ 700 a R$ 400 e, no caso de motoristas, de R$ 1,6 mil para R$ 1 mil.

Agência Brasil entrou em contato com o grupo Zilor e com o escritório de advogados responsáveis pela defesa do caso, mas não teve retorno.


Edição: Fernando Fraga

sábado, 22 de junho de 2013

Acidentes de Trabalho: Parceria de policiais e Auditores-Fiscais em Delegacia Especializada

  
Delegacia de investigação de acidentes de trabalho fica em Caxias do Sul (RS). Atuação da polícia é feita em conjunto com os Auditores-Fiscais do Trabalho e Procuradores do Trabalho. 

Desde o começo do ano passado, Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, conta com uma Delegacia Especializada na investigação de acidentes de trabalho. A iniciativa é pioneira no  Estado e já tem 53 inquéritos policiais instaurados. Desses, 22 estão concluídos e encaminhados ao Fórum. Os demais seguem em andamento. 

A atuação da polícia é feita em conjunto com os Auditores Fiscais do Trabalho e Procuradores do Trabalho e contribui para agilizar a investigação desses acidentes e a punição dos culpados. A iniciativa é resultado de um convênio entre o Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, Ministério Público do Trabalho e Polícia Civil. 

“A parceria contribuiu para se fazer Justiça, com a criminalização dos responsáveis. Somente a atuação administrativa da fiscalização trabalhista não é suficiente para fazer o empregador mudar de ideia. Quando parte para a esfera criminal a coisa funciona mais rápido”, atesta o Auditor-Fiscal do Trabalho Ricardo Brand, de Caxias do Sul. 

Quando a polícia recebe a informação que ocorreu um acidente fatal, já liga para os Auditores-Fiscais do Trabalho e, simultaneamente, eles fazem a investigação e a fiscalização trabalhista faz a análise. “A polícia ajuda a preservar o local do acidente, facilitando a análise pela fiscalização trabalhista, bem como o recolhimento de provas materiais, que contribuirão para a avaliação do acidente”, explica Ricardo Brand. Quando se trata de acidentes graves, o trabalho da fiscalização é feito posteriormente, mas a polícia sempre avisa. 

Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Flores da Cunha, Farroupilha, Gramado, Canelas, e Vacaria, são cidades polo, nas quais ocorre o maior número de acidentes de trabalho no Rio Grande do Sul. Nessas cidades está concentrado um pesado parque industrial: indústrias metalúrgicas e moveleiras, além da construção civil, que cresceu muito nos últimos anos. 

Em 2012, ocorreram 21 acidentes fatais nesta região. A maioria na construção civil, os demais foram em metalúrgicas, frigoríficos e supermercados. Em 2013, já foram contabilizados 10 acidentes fatais. O mais recente ocorreu no dia 14 de maio. Desse total, três foram na construção civil. Os demais em indústrias e frigoríficos. 

De acordo com Ricardo Brand, como no restante do país, o RS conta com poucos Auditores-Fiscais do Trabalho para fazer a fiscalização, daí a necessidade de buscar reforço junto a outros órgãos para coibir os acidentes de trabalho. “Junto com o MPT, fizemos com que a polícia participasse e passasse a ter outra visão do acidente de trabalho. Agora eles não atribuem mais a culpa ao empregado”, informou. 

Caso

Os casos de acidentes de trabalho estão centralizados na 1ª DP, sob responsabilidade do delegado Vitor Carnauba. Conforme o delegado, há pelo menos três crimes que podem resultar de acidentes de trabalho: homicídio culposo, lesão corporal ou periclitação de vida e saúde, quando a vida de alguém é colocada em perigo. “Para a polícia era muito difícil entender um acidente de trabalho, porque há uma série de regras que as empresas precisam seguir que não tínhamos conhecimento. Agora, conseguimos valorizar nosso inquérito e ampliar a visão que tínhamos sobre acidente de trabalho. Assim, ampliamos a proteção ao trabalhador. É como quando você dirige um carro, além da conduta, tem que ter pneus em dia, freios em boas condições”, explica Carnauba. 

O delegado acredita que quase todos os acidentes de trabalho poderiam ser evitados. 

Ações e inquéritos

Com base no relatório da análise de acidentes feito pelos Auditores-Fiscais do Trabalho o Ministério Público do Trabalho move ações judiciais e a Advocacia Geral da União entra com ações regressivas para ressarcir os gastos do Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS. Neste modelo, o empregador ressarce a Previdência Social pelos recursos que já foram destinados ao empregado ou dependentes, como o benefício devido ao trabalhador afastado por acidente de trabalho. 

Com informações do Clic RBS.


sexta-feira, 21 de junho de 2013

Por violência, FIFA negocia para seleções ficarem na Copa das Confederações

Estádio Mané Garrincha, em Brasília

Itália já ameaçou abandonar País.

RIO  - Os protestos nas ruas das cidades brasileiras  exigem que a Fifa passe a negociar com seleções para que se mantenham na Copa das Confederações. Por lei, a falta de garantias de segurança pode fazer o torneio ser cancelado. 


Veja também:

Por: Wilton Junior/Estadão

Alguns protestos se mostraram contra a Copa do Mundo.

Isso é o que está estipulado na Lei Geral da Copa e que permite que, se o país sede não der sinais de que tem como garantir a segurança de delegações e torcedores, além de funcionários da Fifa, o evento pode ser simplesmente suspendido. Nesse caso, um seguro bilionário seria acionado.
Ao Estado, a assessoria de imprensa da Fifa garante que o debate do cancelamento da Copa não ocorreu por enquanto e que essa possibilidade não foi debatida entre a entidade e os organizadores da competição. O Comitê Organizador Local também insistiu que, até as reuniões do final do dia de quinta-feira, essa possibilidade não foi colocada sobre a mesa.

Uma decisão que poderia mudar o rumo do torneio, porém, seria uma declaração por parte do governo de que, diante do momento vivido pelo Brasil, não haveria como manter a organização do torneio e sua segurança.
O Estado revelou em sua edição desta quinta-feira que dirigentes da Fifa montaram uma estratégia para tentar blindar a Copa. Mas os acontecimentos tem superado as previsões dos dirigentes que, nos últimos dias, não disfarçam estar perdidos em relação ao que ocorre no Brasil.

Mas cresce a pressão por parte de delegações, da imprensa estrangeira e por parte mesmo de funcionários da Fifa diante da violência. A seleção italiana já se queixou à entidade, preocupada com a segurança de seus jogadores, e quer mais garantias de que não serão atacados. Nesta quinta, foi divulgada a informação de que jogadores espanhóis foram furtados em seu hotel.
Dois carros da Fifa ainda foram atacados em Salvador, enquanto os funcionários foram orientados a não sair mais às ruas vestidos com uniformes da Fifa. A seleção da Nigéria também foi orientada a não fazer passeios turísticos.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, já deixou o Brasil. Mas a entidade insiste que não se trata de uma fuga, e sim de uma viagem para acompanhar o torneio sub20 da Fifa. O governo brasileiro, porém, afirmou que não sabia da viagem de Blatter e que pensava que ele cumpriria sua agenda, com previsão de ficar no Brasil até o final da Copa.
Um eventual cancelamento do torneio representaria perdas bilionárias para o Brasil e para a Fifa. Para cobrir parte desses problemas, a entidade conta com um seguro que teria de compensar milhões em dólares em contratos.
Jamil Chade/ Enviado Especial - O Estado de S. Paulo


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