Estádio Mané Garrincha, em Brasília |
Itália já ameaçou abandonar País.
RIO - Os protestos nas ruas das cidades brasileiras exigem que a Fifa passe a negociar com seleções para que se mantenham na Copa das Confederações. Por lei, a falta de garantias de segurança pode fazer o torneio ser cancelado.
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Por: Wilton Junior/Estadão
Alguns protestos se mostraram contra a Copa do Mundo.
Isso é
o que está estipulado na Lei Geral da Copa e que permite que, se o país sede
não der sinais de que tem como garantir a segurança de delegações e torcedores,
além de funcionários da Fifa, o evento pode ser simplesmente suspendido. Nesse
caso, um seguro bilionário seria acionado.
Ao Estado, a assessoria
de imprensa da Fifa garante que o debate do cancelamento da Copa não ocorreu por enquanto e que essa
possibilidade não foi debatida entre a entidade e os organizadores da
competição. O Comitê Organizador Local também insistiu que, até as reuniões do
final do dia de quinta-feira, essa possibilidade não foi colocada sobre a mesa.
Uma
decisão que poderia mudar o rumo do torneio, porém, seria uma declaração por
parte do governo de que, diante do momento vivido pelo Brasil, não haveria como
manter a organização do torneio e sua segurança.
O Estado revelou em sua edição desta
quinta-feira que dirigentes da Fifa montaram uma estratégia para tentar blindar
a Copa. Mas os acontecimentos tem superado as previsões dos dirigentes que, nos
últimos dias, não disfarçam estar perdidos em relação ao que ocorre no Brasil.
Mas
cresce a pressão por parte de delegações, da imprensa estrangeira e por parte
mesmo de funcionários da Fifa diante da violência. A seleção
italiana já se queixou à entidade, preocupada com a segurança de seus
jogadores, e quer mais garantias de que não serão atacados. Nesta quinta, foi
divulgada a informação de que jogadores espanhóis foram furtados em seu hotel.
Dois
carros da Fifa ainda foram atacados em Salvador, enquanto os funcionários foram
orientados a não sair mais às ruas vestidos com uniformes da Fifa. A seleção da
Nigéria também foi orientada a não fazer passeios turísticos.
O
presidente da Fifa, Joseph Blatter, já deixou o Brasil. Mas a entidade insiste
que não se trata de uma fuga, e sim de uma viagem para acompanhar o torneio
sub20 da Fifa. O governo brasileiro, porém, afirmou que não sabia da viagem de
Blatter e que pensava que ele cumpriria sua agenda, com previsão de ficar no
Brasil até o final da Copa.
Um
eventual cancelamento do torneio representaria perdas bilionárias para o Brasil
e para a Fifa. Para cobrir parte desses problemas, a entidade conta com um
seguro que teria de compensar milhões em dólares em contratos.
Jamil Chade/ Enviado Especial - O Estado de S. Paulo
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