Realizada
entre quinta-feira (5) e manhã de sexta-feira (6), ação registrou 1.030
autuações e 121 infrações à Lei do Descanso do motorista profissional, nas
rodovias federais de Pernambuco.
Motoristas
agradeceram por poder parar para descansar
A
iniciativa integra o Movimento Maio Amarelo, que busca reduzir a violência no
trânsito. Revela também a precariedade do transporte rodoviário de cargas e
importância de aplicar a lei com o máximo rigor, além de apoiar a PRF na
realização do seu trabalho, melhorando as condições de trabalho dos policiais.
O retorno é certo para a segurança viária e economia do país, sem contar na
preservação de vidas, cujo valor é incomensurável.
Fiscalização
Durante
a fiscalização, foram abordados 1.377 veículos e 1.417 pessoas, emitidas 1.030
autuações e registradas 166,2 toneladas de excesso de peso. Destacam-se também
106 veículos irregulares recolhidos, 38 autos por ultrapassagens em local
proibido, 29 pela falta do exame toxicológico contra apenas seis por
alcoolemia. Indício de exploração dos motoristas profissionais, o que leva
muitas vezes ao uso de drogas.
Chamou
a atenção dos policiais que alguns motoristas agradeceram por terem sido
parados para poder descansar, devido à sobrecarga de trabalho. Além disso,
foram realizadas ações educativas com 729 pessoas sobre normas, equipamentos
obrigatórios e condutas para preservar vidas no trânsito.
A
PRF alerta sobre o perigo em conduzir veículos de carga sem cumprir o descanso
obrigatório, que deve ser de no mínimo 30 minutos a cada 5 horas de direção, e
de 11 horas ao longo de 24 horas.
O
sono e o cansaço podem ser tão prejudiciais quanto o consumo de bebida
alcoólica, pois prejudicam a atenção, o reflexo e a capacidade de reação do
motorista. Essa prática coloca em risco a vida do próprio condutor e de outras
pessoas que utilizam as rodovias.
SOS
Estradas aplaude a iniciativa da PRF
Na
avaliação do coordenador do SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto, os números
demonstram a gravidade da situação: “Este excelente trabalho da PRF, somente
pelos resultados de Pernambuco, confirma o regime análogo a de escravos em que
vivem muitos caminhoneiros. É apenas a ponta do iceberg que muitas vezes leva
ao uso de drogas e explica porque temos atualmente 3,6 milhões de motoristas
profissionais a menos do que deveríamos
registrar. Boa parte foge do exame toxicológico.”
Rizzotto
destaca que foram praticamente 5 vezes mais caminhoneiros flagrados sem o exame
toxicológico, contra cada caso de comprovada alcoolemia. O que é mais um
indício da exploração, já que o uso de drogas por motoristas profissionais é
feito normalmente para suportar a jornada acordado.
Neste
sentido recomendamos acessar a campanha: Cansaço Mata, realizada pelo SOS
Estradas no mês de abril.
Fonte: PRF e Estradas.com.br
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