segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Em 5 anos, 13 mil PMs do DF precisaram ser afastados para tratar saúde mental

O soldado Yago Monteiro Fidelis, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), morreu na tarde deste domingo (14/1).

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) contabilizou mais de 13 mil casos de afastamentos de membros da corporação devido a questões de saúde mental. Após o incidente no último domingo (12), no qual um sargento tirou a vida de seu colega dentro da viatura antes de se suicidar, a instituição emitiu uma nota destacando a prioridade dada à saúde mental.

Foram validados 2.525 atestados de afastamento por doenças mentais na PMDF ao longo do último ano. Adicionalmente, dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) revelam os índices desde 2017, totalizando mais de 10.743 afastamentos. Na resposta da corporação, não foram especificadas as licenças referentes a 2022.

O ano de 2020 registrou o maior número de casos, com o Centro de Perícias e Saúde Ocupacional (CPSO) da PMDF documentando 2.622 afastamentos. Observa-se, ainda, um aumento de 82% nas ocorrências desse tipo ao comparar o último ano com 2017.

Juliana Martins, psicóloga e coordenadora institucional do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), realiza estudos sobre a saúde mental de policiais em todo o país. Ela salienta que o tema é um tabu ainda mais acentuado entre os militares, dado que são profissionais inseridos em um ambiente que frequentemente enfatiza valores como “força” e “virilidade”.

“Essas organizações capacitam esses profissionais para serem combatentes, enfrentando um inimigo que pode estar em qualquer lugar. Assim, são profissionais constantemente alerta, lidando diariamente com situações de vida e morte”, aponta.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...