sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Acidentes com animais peçonhentos no país dobram em 10 anos

Crescimento é preocupante, diz pesquisadora do Instituto Butantan.

Ação do homem no meio ambiente tem provocado fenômeno, afirma.

Mariana LenharoDo G1, em Caxambu.

Escopriões causaram quase 80 mil acidentes no país no ano passado  (Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV).

Os acidentes com animais peçonhentos vêm aumentando no Brasil: entre 2003 e 2013, o número de ocorrências pulou de 75.642 para 162.234, crescimento de 114,5%, segundo dados do Ministério da Saúde.

O assunto veio à tona na conferência de abertura da XXIX Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), que acontece esta semana em Caxambu, Minas Gerais. De acordo com a médica Fan Hui Wen, pesquisadora do Instituto Butantan, o aumento se deve principalmente a alterações ambientais provocadas pelo homem.

No caso dos acidentes com escorpiões, que foram responsáveis por 79.481 acidentes notificados no ano passado, o crescimento pode ser atribuído à degradação do ambiente urbano, principalmente nas periferias, segundo a pesquisadora. “O acidente por escorpião vem sendo registrado principalmente nessas áreas, em regiões onde as condições sanitárias não são as mais adequadas. Temos visto isso principalmente nas capitais do Nordeste”, diz Hui.

Acidentes com animais peçonhentos no Brasil.

Ministério da Saúde/Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

Quanto às lagartas, que começaram a provocar acidentes principalmente na Região Sul do país na década de 1980, o problema tem sido o desmatamento. “Elas começaram a surgir em função de quase não haver mais mata nativa na região sul.

Não é um processo de um ano para o outro, mas acontece ao longo do tempo até que chega um limiar em que esses animais não têm como buscar seu sustento no que restou do que era seu ambiente, então vão buscar essas condições no ambiente urbano”, diz a pesquisadora. As lagartas provocaram 3.739 acidentes no ano passado.

Acidentes com aranhas também tiveram um boom na década de 1980, principalmente com o crescimento das cidades do Paraná. No ano passado, foram 29.816 picadas de aranha no Brasil.

Já o aumento das picadas de cobra pode ter relação com iniciativas como a concessão de hidrelétricas e abertura de espaços anteriormente cobertos com mata nativa principalmente na Amazônia. “Essas alterações ambientais já vêm sendo estudadas há algum tempo e demonstra-se que em locais onde elas acontecem, o número de acidentes começa a sair do que seria esperado para aquele local”, observa Hui. No ano passado, 28.247 picadas de cobra foram notificadas no país.

Para a médica, apesar de o soro anti-veneno já ser um tratamento consolidado, a ciência ainda pode contribuir muito no desenvolvimento de estratégias complementares de tratamento dos acidentes com animais peçonhentos, principalmente no que diz respeito aos efeitos locais das picadas. O soro corta o efeito sistêmico do veneno, mas muitos pacientes têm os membros atingidos necrosados e amputados.

Segundo ela, muitos desses efeitos não são provocados diretamente pelo veneno, mas pela ativação de componentes do organismo que geram uma resposta secundária. “A busca de tratamentos complementares visa encontrar substâncias capazes de bloquear essa ativação secundária”, diz. Segundo ela, algumas estratégias já foram testadas em animais, mas ainda falta que esses conhecimentos passem da bancada do laboratório para testes com humanos.

Fonte:


Construção - Chico Buarque

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

workshop SST


Florianópolis sediará workshop de gestão e reúso de água nas indústrias

Tem-se notado, atualmente, um aumento da conscientização por parte de empresas da importância da implantação de um sistema de gestão da água, incluindo a sua racionalização com modificação de processos, escolha do melhor método de tratamento para despejo e reúso total ou parcial. Para muitas indústrias, a gestão sistemática e o reúso de água são tidos como fatores preponderantes para a continuidade do ciclo de vida empresarial.

Com essa abordagem, será realizado nos dias 27 e 28 de novembro de 2014 no Majestic Palace Hotel, em Florianópolis (SC), o X Workshop sobre Gestão e Reúso de Água na Indústria, com apresentação de palestras relatando experiências de grandes empresas e fornecedores de equipamentos na área de gestão e tratamento de água e efluentes para reúso.

O evento tem como objetivo reunir técnicos de órgãos governamentais da área ambiental e da indústria e pesquisadores para discutir as questões relacionadas ao tema nos âmbitos político, econômico, ambiental e legal, vislumbrando um possível cenário de cobrança pelo uso da água, bem como criar um fórum de discussão sobre o uso racional da água, seu tratamento para reúso e fundamentos para a legislação que regulamenta este reúso.

O workshop é uma iniciativa da FEESC - Fundação de Ensino e Engenharia em Santa Catarina e conta com o apoio do Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Santa Catarina.

Os interessados em participar podem se inscrever no site http://www.feesc.org.br/floripaworkshop.


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Vídeo Momento Segurança do Trabalho

Convenções da OIT e NR's

Convenções da Organização Internacional do Trabalho - OIT - relacionadas a segurança e saúde do trabalho.

Convenção 176, sobre segurança e saúde nas minas
Convenção 174, sobre prevenção de acidentes industriais maiores
Convenção 171, sobre trabalho noturno
Convenção 170, sobre segurança no trabalho com produtos químicos
Convenção 167, sobre a segurança e saúde na construção
Convenção 164, sobre proteção à Saúde e Assistência Médica aos Trabalhadores Marítimos
Convenção 162, sobre utilização do Amianto com Segurança
Convenção 161, sobre serviços de saúde no trabalho
Convenção 159, sobre Reabilitação Profissional e Emprego de Pessoas Deficientes
Convenção 155, sobre Segurança e Saúde dos Trabalhadores
Convenção 152, sobre segurança e higiene dos trabalhos portuários
Convenção 148, sobre contaminação do ar, ruído e vibrações
Convenção 139, sobre Prevenção e Controle de Riscos Profissionais Causados por Substâncias ou Agentes Cancerígenos
Convenção 136, sobre Proteção Contra os Riscos da Intoxicação pelo Benzeno
Convenção 134, sobre prevenção de acidentes de trabalho dos marítimos
Convenção 127, sobre Peso Máximo das Cargas
Convenção 124sobre Exame Médico dos Adolescentes para o Trabalho Subterrâneo nas Minas
Convenção 115, sobre proteção contra radiações
Convenção 113, sobre exame médicos dos pescadores

Legislação, Atos e Portarias


Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego



segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Palestra reforçou importância de adequação às normas de segurança no trabalho


Palestra realizada durante a Roda Empresarial na Associação Comercial e Empresarial de Dourados (Aced) teve como principal objetivo orientar empresários com relação às normas de segurança no trabalho. A palestra “Análise e informação sobre saúde e segurança no trabalho (normas de SST)” abordou as normas regulamentadoras nº 12 e 17 do Ministério do Trabalho e Emprego, que tem motivado ações de fiscalização nas empresas em todo o país.

No início do evento, o presidente da Aced, Antônio Nogueira, disse que esta questão já está presente na vida do empresário, o que exige informação para evitar problemas. “Nossa intenção é orientar os empresários sobre como enfrentar e solucionar estas dificuldades relacionadas à fiscalização, que já está acontecendo em todo o Estado”, afirmou.

A palestra foi coordenada pela advogada trabalhista Dayse Cristina Quevedo, que é também técnica de saúde e segurança no trabalho e professora do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial). Ela reforçou que é do empresário a responsabilidade pela aplicação das normas regulamentadoras, bem como a fiscalização dos empregados durante o trabalho. “Este é o momento do empresário despertar para a saúde e segurança em sua empresa. Esta é uma garantia constitucional do trabalhador e o empresário tem obrigação de estar atento”, disse a especialista.

Segundo Dayse Quevedo, o capítulo 5 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) é totalmente dedicado à saúde e segurança no trabalho, sendo estas regras regidas por 36 Normas Regulamentadoras. “As NR’s são de execução obrigatória para todo e qualquer empregador que contrate colaboradores por meio da CLT”, informou. Segundo ela, o não cumprimento destas normas pode ter consequências bastante indesejáveis, como acidentes e doenças de trabalho, autuações do MTE e, ainda, a criação involuntária de passivo trabalhista. “O empregado também tem o dever de cumprir as normas regulamentadoras; ao empregador, cabe oferecer os equipamentos necessários, orientar e fiscalizar”, concluiu.

NR 17

Uma das normas abordadas durante a Roda Empresarial na Aced foi a NR 17, que estabelece parâmetros de ergonomia para proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho dos colaboradores. Este assunto foi abordado pela fisioterapeuta do trabalho e ergonomista Silvia Renata Castilho, que falou sobre a importância da adaptação do ambiente de trabalho à estrutura corporal do trabalhador.

Segundo ela, a NR 17 aborda, por exemplo, como deve ser o assento das cadeiras, iluminação adequada, normas de produção e exigências com relação ao tempo de trabalho. “O empresário precisa estar à frente do seu funcionário. Esta norma é puramente prevenção à saúde, que custa muito mais barato do que uma possível indenização trabalhista”, destacou.

NR 12

Roberto Augusto da Silva, engenheiro mecânico e engenheiro de segurança no trabalho, falou sobre a NR 12, que trata da segurança no trabalho em máquinas e equipamentos. Ao ressaltar a importância da adequação dos empregadores, ele lembrou que somente de janeiro a maio deste ano foram 700 acidentes de trabalho na região de Dourados – sendo que 10 deles resultaram em mortes. “Os números são altos para esta região, mas poderiam ser reduzidos se houvesse um trabalho eficiente na segurança do maquinário”, afirmou.

Ao final da Roda Empresarial, Antônio Nogueira agradeceu a presença de todos e lembrou que, após as orientações, cabe ao empresário buscar as adequações necessárias. A Aced orienta, ainda, que os empresários procurem o Sistema S (Sebrae/MS, Senai, Senac e Sesi) para se informar sobre o assunto ou, ainda, outras consultorias especializadas para evitar transtornos durante as fiscalizações do Ministério do Trabalho.


Fotos: Assessoria Aced

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