quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Prevenção de acidentes domésticos com crianças.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 10 mil crianças foram hospitalizadas por acidentes domésticos em 2011 no Brasil. As principais vítimas dentro da faixa etária que vai de 0 a 10 anos foram os menores de um ano. Para prevenção situações como essa, o prefeito Neilton Mulim sancionou a Lei 555/2014, de autoria do vereador capitão Nelson Ruas (PSC), que institui o “Programa Municipal de Orientação e Prevenção de Acidentes Domésticos”.

Segundo a lei, o programa será executado em unidades básicas de saúde, escolas, creches e outros espaços de convivência comunitária onde são atendidas gestantes, mães e crianças, alertando para cuidados com medicamentos, substâncias químicas, equipamentos elétricos, tomadas, janelas e redes de proteção, animais de estimação, queimaduras, entre outras situações de risco.

O programa também contará com a Semana de Conscientização sobre acidentes domésticos com crianças, que deverá ser realizada no período de 12 a 19 de outubro, aproveitando o “gancho” da comemoração do Dia das Crianças.

A ideia para criação do projeto de lei, de acordo com o capitão Nelson Ruas, veio após um acidente com uma criança de sua vizinhança após colocar o dedo na tomada da árvore de Natal, no ano retrasado.

“Um fato que me deixou muito abalado acabou me impulsionando a criar o Projeto de Lei. A gente observa muito acidente com criança, emergências lotadas, principalmente em épocas de férias em função de acidentes domésticos. Para evitar esse tipo de situação, é bom instruir os pais nos órgãos municipais”, explicou o vereador.

Dicas - De acordo com a enfermeira do serviço de materno-infantil da UFF, Silvia Helena da Cunha, a primeira coisa que os responsáveis devem fazer é não subestimar a criança, pois ela está ganhando movimentos e curiosidades que antes não conhecia.

“O que mais atendo são crianças vítimas de substâncias intoxicantes, como cloro ou desinfetantes, que muitas vezes não estão nas embalagens originais, ou de ingestão de medicamentos em grande quantidade. É necessário que o adulto deixe esses produtos ou medicamentos em locais de difícil acesso à criança e mantenha uma vigilância constante”, explicou Silvia acrescentando que os responsáveis devem levar a criança imediatamente à emergência e não estimulá-la a vomitar em caso de ingestão de objetos ou alimentos tóxicos.

Silvia alerta ainda os pais sobre sufocamentos causados por travesseiros. “Deve ter atenção à posição que a criança dorme para que acidentes não ocorram”, orientou.

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