Por Lusa
A Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações
Portugueses alertou hoje que é preciso apoiar os profissionais de saúde para
que se cumpram as medidas de prevenção da infeção associada aos cuidados de
saúde, nomeadamente a do local cirúrgico.
A AESOP
lamentou que ainda "persistam alguns procedimentos menos corretos e
facilmente evitáveis como a utilização de anéis, pulseiras e unhas artificiais
por parte de profissionais de saúde que prestam cuidados diretos ao
doente".
A este
propósito, a enfermeira Elena Noriega, da AESOP, lembrou uma norma nacional
publicada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) em 2010 que orienta os
profissionais de saúde para a prática correta da higiene das mãos nos cuidados
aos doentes.
Desde que
Portugal aderiu à estratégia da Organização Mundial da Saúde para melhorar a
higiene das mãos, em 2008, a taxa de adesão a esta prática tem vindo a
melhorar, situando-se nos cerca de 68%, disse Elena Noriega, que falava à Lusa
a propósito do Congresso Nacional da AESOP, que decorrerá entre quinta-feira e
sábado no Estoril.
Apesar da
higiene das mãos ser uma medida com impacto conhecido na diminuição destas
infeções, há outras medidas de precaução básicas, nomeadamente a higiene do
ambiente e utilização correta de luvas, de "extrema importância na
prevenção da infeção".
Entre 40%
a 60% das infeções do local cirúrgico (ILC), que representaram 18% do total das
infeções hospitalares no último estudo nacional de prevalência de infeção em
2012, podem ser evitadas com "medidas de prevenção, muitas delas
simples", como a preparação pré-cirúrgica das mãos da equipa de cirurgia e
"a administração criteriosa de antibiótico profilático no tempo
certo".
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