quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Paraíba: Auditores-Fiscais do Trabalho se reúnem para planejar operações padrão

Auditores-Fiscais do Trabalho reunidos na Paraíba.
Auditores-Fiscais do Trabalho da Paraíba se reuniram nesta sexta-feira, 29 de julho, para planejar operações padrão que fazem parte das mobilizações da categoria em todo o país.
A reunião teve a participação do superintendente regional do Trabalho interino da Paraíba Abílio Sérgio, da Delegada Sindical do Sinait no Estado Maria da Paz e demais chefias.
Os Auditores-Fiscais do Trabalho vão entrar em greve a partir de 2 de agosto. O motivo é o não cumprimento dos acordos do governo assinados com o Sinait em março deste ano.

O Sinait comunica a toda a sociedade que, a partir desta terça-feira, 2 de agosto, terá início a greve dos Auditores-Fiscais do Trabalho em todo o país. Serão realizadas fiscalizações apenas em casos de grave e iminente risco à vida dos trabalhadores e aquelas relacionadas ao atraso ou não pagamento de salários. “Vamos manter um contingente para atender às denúncias que possam afetar a segurança e saúde do trabalhador. Um exemplo é a indústria de construção civil que precisa constantemente de uma verificação na questão da segurança", declarou Carlos Silva.
A categoria aprovou em Assembleia Geral Nacional – AGN a retomada da greve e já está realizando operações padrão por todo o país desde a semana passada, com repercussão na mídia nacional e internacional.
O governo ainda não enviou o projeto de lei com a reestruturação da carreira ao Congresso Nacional, conforme acordo assinado em março deste ano. Diante disso, a indignação de todos os Auditores-Fiscais do Trabalho, levou a categoria ao movimento paredista, com prazo indeterminado para o retorno das atividades.
O mais importante, no momento, é que os Auditores-Fiscais do Trabalho continuem atuantes e buscando agregar forças para que o governo envie o projeto da carreira sem alterar o que foi acordado. A paralisação das atividades, permanente e a cada dia mais forte, será mantida até que o governo cumpra com os termos dos acordos, que selaram o resultado de uma longa e legítima negociação.
A categoria é responsável por fiscalizar o cumprimento da legislação trabalhista, com o fim de erradicar o trabalho escravo, a exploração da mão-de-obra infantil e de garantir  condições adequadas de trabalho dos operários na construção civil por exemplo. Quanto à fiscalização do FGTS, Carlos lembra que o Fundo é uma garantia do trabalhador, mas a falta de fiscalização sobre os depósitos realizados pelos patrões atinge também o financiamento de infraestrutura nas cidades.
Contatos com entidades sindicais já foram feitos, para informar sobre a greve e os motivos que levaram a esta situação, o desrespeito e o tratamento discriminatório que o governo vem dispensando aos Auditores-Fiscais do Trabalho, quando envia projetos de carreiras de mesmo nível e deixa para trás o projeto que reestrutura a carreira de Auditoria-Fiscal do Trabalho.
Em Brasília, o Sinait continua trabalhando para que os Auditores-Fiscais tenham toda a retaguarda necessária para realizar a paralisação. As medidas preventivas, todas as possíveis, estão sendo tomadas.
A greve nacional é um grande impulso, uma demonstração de organização e força, de seriedade, e deverá crescer ao longo desta semana. A categoria tem objetivos de valorização, de condições adequadas para prestar um serviço de qualidade e excelência à sociedade. Nada aquém disso interessa. Vamos à luta!

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