O prédio
do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB) tem riscos de acidentes e desabamento
do teto, conforme constatou uma inspeção do Ministério Público do Trabalho na
Paraíba (MPT-PB) em parceria com o Ministério do Trabalho (MTb), na tarde desta
terça-feira (17).
O
presidente do TJ, desembargador Joás de Brito Pereira Filho, firmou que a
gestão está ciente dos problemas estruturais da sede. Porém, explicou que ainda
não conseguiu autorização dos órgãos do controle do patrimônio para fazer uma
reforma, uma vez que o prédio é tombado.
A
inspeção foi feita depois que o MPT recebeu uma denúncia de que o prédio da
sede do TJ está com o teto comprometido e oferece risco de desabar e atingir
servidores que trabalham no local.
“O
que nós verificamos foi uma completa vulnerabilidade da coberta da edificação
do Palácio da Justiça, o que acarreta, inclusive, principalmente nesse período
de chuva, graves riscos de desmoronamento ou desabamento”, informou o
procurador do Trabalho Eduardo Varandas.
Também
foram identificadas “gambiarras improvisadas” na parte elétrica e nos dutos de
condicionamento de ar. “Então, a gente tem um temor enorme de riscos elétricos
e de uma série de coisas que podem comprometer a vida”, acrescentou Varandas.
MPT
e MTb identificaram risco de acidentes e desabamento do teto no prédio do
TJ-PB, em João Pessoa (Foto: MPT-PB/Divulgação) MPT e MTb identificaram risco
de acidentes e desabamento do teto no prédio do TJ-PB, em João Pessoa.
MPT
e MTb identificaram risco de acidentes e desabamento do teto no prédio do
TJ-PB, em João Pessoa.
O
MPT e o MPb vão se reunir nesta quarta-feira (18) para definir as medidas
administrativas a serem tomadas, para garantir a integridade física dos
servidores e empregados terceirizados que trabalham no local. A interdição do
prédio não foi descartada.
O
prédio onde funciona o TJ, na Praça João Pessoa, é tombado pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Estado da Paraíba (Iphaep) e Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O
Palácio da Justiça funciona nessa edificação desde julho de 1939, conforme
informações contidas no relatório entregue ao MPT. O relatório – que contém 31
páginas – aponta uma série de “pontos críticos” na estrutura, com risco de acidentes
e desabamento de parte do teto.
O
que diz o TJ-PB
O
desembargador Joás de Brito Pereira Filho afirmou, por meio de nota, que o
Poder Judiciário estadual vem adotando medidas para solucionar o problema desde
o ano passado, realizando inclusive um relatório fotográfico de como está a
situação atual. Mas, como toda reforma mais profunda precisa de autorização do
Iphaep e do Iphan, nenhuma obra foi feita.
“O
TJPB, por meio da Comissão de Segurança, acionou o Corpo de Bombeiros, Defesa
Civil e todos os órgãos que podem ajudar na resolução do problema. Agora, como
se trata de um patrimônio tombado, é necessário o aval dos órgãos de proteção
do patrimônio para adoção de medidas com vista à resolução da situação”, diz a
nota.
O
desembargador ainda pontuou que só conseguiria fazer uma reforma no prédio com
auxílio do Governo do Estado, diante da "dificuldade financeira" que
passa o Judiciário estadual por causa da "falta de repasse integral do
duodécimo".
O
que diz o Iphaep
O
Iphaep informou que autorizou a obra do teto da sala do acervo do TJ, que já
está interditada. Mas que a reforma maior da cobertura do prédio depende de um
projeto que é o próprio TJ que tem que enviar. O órgão não mencionou questões
de orçamento.
(Foto: MPT-PB/Divulgação) G 1
João
Pessoa
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