Marcos
Antônio Rodrigues Vieira.
Presidente
do Sindmae-PB analisa o mercado, a carreira e os desafios da profissão de
motorista.
"Vivemos
em uma constante luta assustadora por mais espaço e melhores condições de
trabalho"
Foto:
divulgação.
No
próximo dia 25 de julho, é celebrado o Dia do Motorista. Na Paraíba, são mais
de 21 mil trabalhadores na área, uma categoria que ainda luta por direitos e
reconhecimento. “A exemplo de várias outras áreas, o nosso mercado de atuação
na Paraíba se mantém difícil e vivemos em uma constante luta assustadora por
mais espaço e melhores condições de trabalho. Isso porque, além de demissões,
vivemos em uma situação precária, sem segurança, e sem apoio algum de qualquer
órgão público".
A
declaração é do presidente do Sindicato dos Motoristas e Ajudantes de Entregas
do Estado da Paraíba (Sindmae-PB), Marcos Antonio Rodrigues Vieira, que
conversou com exclusividade com o Paraíba Total.
Na
entrevista que segue, ele falou das principais ações do sindicato em prol da
categoria e de que forma a entidade tem contribuído para o desenvolvimento da
Paraíba.
De
uma maneira geral, como está o mercado de trabalho para os motoristas do setor
na Paraíba?
A
exemplo de várias outras áreas, o nosso mercado de atuação na Paraíba se mantém
difícil e vivemos em uma constante luta assustadora por mais espaço e melhores
condições de trabalho. Isso porque, além das dificuldades enfrentadas pelos
empresários da classe patronal, que já resultou em fechamento de empresas e
demissões de colaboradores, vivemos em uma situação precária, sem segurança, e
sem apoio algum de qualquer órgão público. E as dificuldades só aumentam, pois
a cada dia surgem novas leis que, só favorecem aos empresários, como foi com a
nova lei do exames toxicológicos, onde foi inclusive noticiado pela imprensa
que o Estado não está preparado para atender à categoria, como uma clínica
especializada. E assim, o trabalhador tem que tirar do seu próprio salário para
realizar o exame, que tem custado R$ 295.
Quais
são hoje os principais gargalos do segmento e como o Sindicato tem atuado para
melhorar a estrutura da categoria na Paraíba?
O
nosso principal gargalo é fortalecer, orientar e qualificar toda a categoria,
ações que temos feito de forma contínua para melhorar o desempenho da
categoria. Para tanto, temos feito denúncias junto aos órgãos fiscalizadores
como MPT, MTE, JTJ, além de campanhas de saúde dos trabalhadores, projetos
culturais e de saúde nas estradas.
Como
anda a atuação do Sindicato nos municípios paraibanos, quais os avanços e as
principais dificuldades enfrentadas para desenvolver o trabalho?
O
Sindicato a cada dia vem se fortalecendo com o reconhecimento da categoria que
acredita em nosso trabalho, por meio do qual já atuamos em 70% dos municípios
do Estado. Entre os nossos avanços estão conseguir bem representar, em todas as
esferas, como articulador do desenvolvimento e melhorias na área de transporte.
Já nossa maior dificuldade é lidar com os órgãos públicos que se negam a
enxergar as dificuldades e o desrespeito da classe patronal a esta categoria
tão sofrida.
Na
sua opinião, como o Sindicato tem contribuído de forma mais geral para o
desenvolvimento da Paraíba e de que maneira?
O
Sindicato vem contribuído com o Estado, além dos nossos impostos e força de
trabalho, com o desenvolvimento de ações nas melhores condições de trabalho e
saúde, onde já somos reconhecidos em todo o País, com o nosso Programa Saúde
nas Estradas.
De
quando a quando o senhor estará à frente da entidade, quais os principais
resultados obtidos pela entidade ao logo de sua gestão e como andam os novos
projetos?
Sou
o presidente fundador do sindicato e estou no meu segundo mandato que segue até
2019. Não tenho pretensão de me reeleger novamente, para poder dar novas
oportunidades a outros diretores ou sócios, para que o sindicato se torne cada
vez mais inovador. Nessa minha gestão, já obtivemos bons resultados e respeito
de vários segmentos sindicais e políticos. E entre os nossos projetos futuros e
em andamento estão a criação de um Centro de Apoio aos Caminhoneiros que
transitam em todo o estado.
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