Atividade perigosa que mata, pagamos por
um custo na saúde pública devido descaso de quem insiste pelo não cumprimento
de normas de segurança.
Por
Eli Almeida - Campina Grande/PB
De
inexpressiva no meio de inúmeras recomendações de como trabalhar com segurança,
a Norma Regulamentadora NR-35, bem mais ampla, passou a ser uma das NR´s
importante na prevenção de acidentes, no que diz respeito ao trabalho em
altura.
A
incorporação de mais itens na legislação do trabalho em altura prometia ser
eficiente para coibir lesões, mas desde sua reformulação pouca coisa melhorou
neste ramo laboral.
O
assunto é recorrente, parece sem solução, trabalhar sem obedecer critérios
técnicos definidos pela NR -35 virou uma situação banal. Tanto que queda de
altura no trabalho responde por 40% dos acidentes de trabalho no Brasil,
segundo dados de 2019, do então Ministério do Trabalho e Emprego.
Executar
um serviço em altura requer alguns critérios, como por exemplo, que o
trabalhador seja submetido a uma capacitação, que disponha de equipamentos de
proteção específico, além de contar com estado de saúde apto.
Mas
não é bem isso que estamos acostumados a presenciar no cotidiano, mesmo
existindo uma legislação sobre essa atividade.
Trabalhar
equipado e seguindo todos os aspectos técnicos, de acordo com a Norma
Regulamentadora NR-35, editada pelo Ministério da Economia, não é uma prática
comum, em especial entre empresas de porte menor e nem por parte de pessoas que
desenvolvem algum tipo de serviço em altura, que sejam autônomos.
Casos
de acidentes e até lesões fatais com esse grupo não entram nas estatísticas
oficiais, mas que se juntam a outros custos, pagos pela sociedade.
Um
gasto com a saúde pública que se divide para todos, pago até por quem não seja
responsável por um serviço executado de maneira inadequada, que poderia ser
minimizado se ocorresse uma conscientização para inclusão de medidas de
segurança, isso por parte de quem manda executar esse tipo de serviço.
A
ausência de políticas de Estado, com órgão fiscalizador sucateado em todo país,
déficit de Auditores-Fiscais do Trabalho com vista a inibir essa prática
inadequada que mata, também é um dos fatores contribuintes para sequência de
irregularidades e mortes.
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