Obras do Centro de Convenções de João Pessoa
O procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho, Eduardo Varandas, realizou uma inspeção no início da tarde desta sexta-feira (27) nas obras do Centro de Convenções de João Pessoa. Ele foi chamado para verificar a reclamação de más condições de trabalho e alojamento feita por operários da obra. De acordo com o promotor, durante a inspeção foram encontradas diversas irregularidades, tais como: alojamento em condições precárias, problemas na alimentação, além de aliciamento de trabalhadores vindos dos estados do Maranhão e do Piauí.
Além do MPT, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil na Paraíba (OAB-PB) e da Superintendência Regional do Trabalho e do Emprego (SRTE), antiga DRT, participaram da inspeção. Eduardo Varandas intimou Luciano Golfo Rodrigues, um dos responsáveis pela obra, a depor na próxima segunda-feira (30) no MPT e determinou o prazo até terça-feira (31) para que os trabalhadores que desejam retornar aos seus estados de origem, recebam todas as condições necessárias para a viagem de volta, incluindo todas as indenizações a que eles têm direito. Caso as determinações do promotor-chefe não sejam atendidas, ele afirmou que poderá acionar um inquérito na Polícia Federal, para investigar o caso.
O engenheiro responsável pela obra, Eduardo Miranda, negou as denúncias dos operários. “Nós fomos denunciados, mas tudo já foi resolvido. O Ministério Público do Trabalho, a Delegacia Regional do Trabalho, a OAB e o Sindicato dos Trabalhadores estiveram aqui, averiguaram os alojamentos, a comida, estando presente inclusive na hora do almoço, podendo constatar que as denúncias eram infundadas e inverídicas”, declarou o funcionário da via engenharia.
Além das irregularidades constatadas por Eduardo Varandas, os funcionários afirmaram que existem outros problemas. O operário Raimundo da Silva falou que alguns trabalhadores têm que beber água no próprio capacete, por não terem copos disponíveis, outros dormem na casa do cachorro ou no porão, além de ter apenas dois vasos sanitários para os 85 homens que vieram do Maranhão e do Piauí. “Quando chove no refeitório, a gente tem que comer praticamente dentro da água porque alaga tudo lá. Não tem condições”, desabafou.
Os operários ainda alegam que foram enganados quando foram chamados para vir trabalhar na Paraíba e que tiveram que pagar para poder vir. “Eles falaram que nós vinhamos para construir um estádio de futebol e quando a gente chega é um centro de convenções. Além disso, cada um dos 85 que estão aqui, teve que pagar R$ 200 para poder vir trabalhar. Viemos em um ônibus que nem banheiro tinha e quando chegamos, no dia 13 de janeiro, por volta das 3h, ainda tivemos que esperar até às 20h sem comida e sem água para nos levarem para o alojamento. Essas condições são terríveis”, afirmou um dos operários.
FONTE(G1)
Além do MPT, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil na Paraíba (OAB-PB) e da Superintendência Regional do Trabalho e do Emprego (SRTE), antiga DRT, participaram da inspeção. Eduardo Varandas intimou Luciano Golfo Rodrigues, um dos responsáveis pela obra, a depor na próxima segunda-feira (30) no MPT e determinou o prazo até terça-feira (31) para que os trabalhadores que desejam retornar aos seus estados de origem, recebam todas as condições necessárias para a viagem de volta, incluindo todas as indenizações a que eles têm direito. Caso as determinações do promotor-chefe não sejam atendidas, ele afirmou que poderá acionar um inquérito na Polícia Federal, para investigar o caso.
O engenheiro responsável pela obra, Eduardo Miranda, negou as denúncias dos operários. “Nós fomos denunciados, mas tudo já foi resolvido. O Ministério Público do Trabalho, a Delegacia Regional do Trabalho, a OAB e o Sindicato dos Trabalhadores estiveram aqui, averiguaram os alojamentos, a comida, estando presente inclusive na hora do almoço, podendo constatar que as denúncias eram infundadas e inverídicas”, declarou o funcionário da via engenharia.
Além das irregularidades constatadas por Eduardo Varandas, os funcionários afirmaram que existem outros problemas. O operário Raimundo da Silva falou que alguns trabalhadores têm que beber água no próprio capacete, por não terem copos disponíveis, outros dormem na casa do cachorro ou no porão, além de ter apenas dois vasos sanitários para os 85 homens que vieram do Maranhão e do Piauí. “Quando chove no refeitório, a gente tem que comer praticamente dentro da água porque alaga tudo lá. Não tem condições”, desabafou.
Os operários ainda alegam que foram enganados quando foram chamados para vir trabalhar na Paraíba e que tiveram que pagar para poder vir. “Eles falaram que nós vinhamos para construir um estádio de futebol e quando a gente chega é um centro de convenções. Além disso, cada um dos 85 que estão aqui, teve que pagar R$ 200 para poder vir trabalhar. Viemos em um ônibus que nem banheiro tinha e quando chegamos, no dia 13 de janeiro, por volta das 3h, ainda tivemos que esperar até às 20h sem comida e sem água para nos levarem para o alojamento. Essas condições são terríveis”, afirmou um dos operários.
FONTE(G1)
Rafael Campos dos Santos
Correspondente de Campina Grande-PB
Técnico de Segurança no TrabalhoCorrespondente de Campina Grande-PB
MEMBRO DO CPR CAMPINA GRANDE
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