Luana (nome fictício) tenta recompor a vida profissional depois de ter passado por uma experiência nada agradável de assédio moral. No ambiente de trabalho, os gritos do chefe e uma série de solicitações para serem cumpridas num curto espaço de tempo eram comuns. O estresse mental gerado e o constrangimento pelo tratamento dispensado fizeram com que tomasse a decisão de abandonar o emprego, depois de ter sido humilhada numa reunião na frente de todos os colegas: "Nunca duvidei da minha capacidade e entendia que o meu trabalho tinha uma carga de estresse, mas o meu chefe se descontrolava e gritava constantemente, tanto comigo quanto com outros colegas", afirma.
As consequências psicológicas fizeram com que desenvolvesse fobia social: "Chegou um momento em que não queria mais sair de casa, foi aí que resolvi procurar um psicólogo", avalia. A psicóloga Karina Simões explica que, assim como o caso da personagem da matéria, há inúmeros atendimentos a pacientes que terminam desenvolvendo um estresse pós-traumático depois de passarem pelo assédio moral no trabalho. "Além do estresse pós-traumático, o paciente pode desencadear um transtorno de pânico, a fobia social e até mesmo um quadro de depressão", afirma a psicóloga, que avalia os casos atendidos no consultório: "Geralmente o paciente tem consciência do trauma, mas é preciso realizar um trabalho terapêutico de encorajamento para falar sobre o assunto. Os casos são reversíveis", afirma Karina Simões.
Revista empregos
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