Por Laercio Silva
Jornalista especializado em segurança no trabalho, ergonomia
aplicada e higienista ocupacional.
A história do canudo e sua
evolução.
Uma pesquisa feita em 2022 descobriu que as pessoas
que viveram há mais de 5 mil anos já usavam canudos para beber cerveja em
grupo.
A história do inventor do canudo é ambígua, pois não há um único inventor de canudos. Os primeiros canudos datam de mais de 5.000 anos atrás com os sumérios, que usavam modelos feitos de materiais nobres para beber cerveja e evitar os sedimentos. Os canudos modernos, de papel, foram patenteados por Marvin Stone em 1888, enquanto canudos de plástico foram produzidos em massa após a invenção do plástico.
A história do canudo pode ser dividida em estágios. Canudos de capim ou palha se tornaram populares por serem baratos e macios, mas deixavam um sabor na bebida. Marvin Stone patenteou os primeiros canudos de papel, utilizando papel parafinado para evitar que o canudo encharcasse. Com o advento do plástico, os canudos começaram a ser fabricados em larga escala, o que mais tarde gerou preocupações ambientais. Estudantes brasileiros e pesquisadores desenvolveram canudos feitos de vegetal como inhame e mandioca, que são mais sustentáveis.
Evolução
Pesquisadores
da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) inventaram um canudo projetado para
detectar metanol em bebidas alcoólicas. Esse canudo utiliza um teste
colorimétrico que reage ao entrar em contato com uma bebida contaminada,
alterando sua cor para rosa indicando a presença do metanol alertando o
consumidor sobre a possível contaminação. Além disso, a equipe desenvolveu um
equipamento que emprega luz infravermelha para examinar garrafas fechadas. Um
software é responsável por analisar os dados obtidos e identificar possíveis
adulterações, como a diluição com água ou a presença de metanol. O objetivo desse
novo método, que está em fase de desenvolvimento, é permitir a detecção rápida
da contaminação por metanol em bebidas.
Essa inovação, que começou a ser pesquisada em 2023, obteve visibilidade internacional após uma publicação na revista científica Food Chemistry.
Segundo a pró-reitora de pós-graduação da UEPB, Nadja Oliveira, o dispositivo proporcionará uma segurança ao usuário, garantindo que a bebida não contenha metanol com uma eficácia de 97%.
Em relação aos casos de intoxicação, o Ministério da Saúde registrou 14 ocorrências confirmadas de intoxicação por metanol em todo o Brasil, além de 181 em análise. Entre esses registros, 162 são de São Paulo, com 14 confirmados e 148 em investigação, infelizmente dentre essas notificações, 3 resultaram em óbitos em São Paulo e Pernambuco.
Vídeo reportagem
Nenhum comentário:
Postar um comentário