Cuiabá/MT - Cerca de 40 mil trabalhadores da indústria
frigorífica em Mato Grosso devem ser beneficiados com a nova regulamentação
aplicada ao setor por meio da Norma
Regulamentadora (NR) 36, aprovada em dezembro de 2012 por representantes de
trabalhadores, agroindústrias e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Acordo tripartite visa melhorar as condições de trabalho nas empresas de abate
e processamento de carnes e derivados e deve entrar em vigor dentro de 15 dias.
O prazo para as empresas se adequarem às exigências varia de 6 a 24 meses, explica o secretário-executivo do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo/MT), Jovenino Borges. Assunto foi debatido durante workshop sobre Saúde e Segurança no Trabalho, na sede da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), nesta quinta-feira (28). Na segunda reunião sobre o tema realizada no país participaram os representantes de frigoríficos do estado, além do Paraná, São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais e Santa Catarina. "Vai haver uma revolução nas indústrias com essa normativa, por que muitas mudanças terão que ser implementadas".
Para o gerente jurídico executivo do grupo JBS, Alexandre Perlato a nova regulamentação pode ampliar o número de empregos no setor, mas também provocar desemprego no caso das pequenas indústrias que não conseguirem se adequar ao que determina a NR. Ele garante que os grandes frigoríficos já implementam algumas das normas aprovadas agora. "As empresas devem buscar uma produção sustentável e diminuir os riscos de ações trabalhistas".
Segundo o engenheiro sanitarista corporativo do grupo Marfrig, Renato Gouveia, a empresa tem tentado se antecipar à NR e também fez algumas adequações para garantir maior segurança à saúde dos trabalhadores. NR 36 estabelece que sejam respeitadas pausas de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados, reforça o uso de equipamentos de proteção e a implantação de programas de ginástica laboral visando reduzir as lesões por esforço repetitivo.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Alimentação de Várzea Grande e Cuiabá (Sintia), Sidney Amorim, a maioria das ações trabalhistas geradas no setor são decorrentes da insalubridade no ambiente de trabalho. "O interior do frigorífico é um local úmido, barulhento e os trabalhadores apresentam muitas lesões por esforço repetitivo e a NR pretende atenuar os efeitos negativos dessa exposição".
Vice-presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e vice-presidente da Fiemt, Alexandre Furlan afirma que a aplicação da NR motivou uma solicitação da fábrica da Brasil Foods (BRF) para que um outro encontro seja agendado na unidade de Lucas do Rio Verde. "Nosso objetivo em realizar esses eventos é melhorar os processos operacionais nas indústrias de acordo com a nova normativa".
Mercado
Furlan lembra que as exportações de carnes por Mato Grosso movimentaram US$ 1,368 bilhão em 2012, representando 8,33 % do volume nacional de US$ 15,6 bilhões. Maior participação foi com os embarques de carne bovina, que geraram US$ 962,784 milhões, respondendo por 70% do total de carnes exportado. Vendas de carnes de aves somaram US$ 380,782 milhões e as de suínos US$ 25,335 milhões.
Fonte: A Gazeta.
O prazo para as empresas se adequarem às exigências varia de 6 a 24 meses, explica o secretário-executivo do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo/MT), Jovenino Borges. Assunto foi debatido durante workshop sobre Saúde e Segurança no Trabalho, na sede da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), nesta quinta-feira (28). Na segunda reunião sobre o tema realizada no país participaram os representantes de frigoríficos do estado, além do Paraná, São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais e Santa Catarina. "Vai haver uma revolução nas indústrias com essa normativa, por que muitas mudanças terão que ser implementadas".
Para o gerente jurídico executivo do grupo JBS, Alexandre Perlato a nova regulamentação pode ampliar o número de empregos no setor, mas também provocar desemprego no caso das pequenas indústrias que não conseguirem se adequar ao que determina a NR. Ele garante que os grandes frigoríficos já implementam algumas das normas aprovadas agora. "As empresas devem buscar uma produção sustentável e diminuir os riscos de ações trabalhistas".
Segundo o engenheiro sanitarista corporativo do grupo Marfrig, Renato Gouveia, a empresa tem tentado se antecipar à NR e também fez algumas adequações para garantir maior segurança à saúde dos trabalhadores. NR 36 estabelece que sejam respeitadas pausas de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados, reforça o uso de equipamentos de proteção e a implantação de programas de ginástica laboral visando reduzir as lesões por esforço repetitivo.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Alimentação de Várzea Grande e Cuiabá (Sintia), Sidney Amorim, a maioria das ações trabalhistas geradas no setor são decorrentes da insalubridade no ambiente de trabalho. "O interior do frigorífico é um local úmido, barulhento e os trabalhadores apresentam muitas lesões por esforço repetitivo e a NR pretende atenuar os efeitos negativos dessa exposição".
Vice-presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e vice-presidente da Fiemt, Alexandre Furlan afirma que a aplicação da NR motivou uma solicitação da fábrica da Brasil Foods (BRF) para que um outro encontro seja agendado na unidade de Lucas do Rio Verde. "Nosso objetivo em realizar esses eventos é melhorar os processos operacionais nas indústrias de acordo com a nova normativa".
Mercado
Furlan lembra que as exportações de carnes por Mato Grosso movimentaram US$ 1,368 bilhão em 2012, representando 8,33 % do volume nacional de US$ 15,6 bilhões. Maior participação foi com os embarques de carne bovina, que geraram US$ 962,784 milhões, respondendo por 70% do total de carnes exportado. Vendas de carnes de aves somaram US$ 380,782 milhões e as de suínos US$ 25,335 milhões.
Fonte: A Gazeta.
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