quarta-feira, 21 de junho de 2017

Terceirização e seus impactos na saúde do trabalhador

Palestra realizada na reunião ordinária do CPR-PB Comitê Permanente Regional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção da Paraíba, Kleber José da Silva (Mestre em Serviço Social, Professor Voluntario da ENSP/Fiocruz no Curso Básico de Vigilância em Saúde do Trabalhador e Coordenador do CEREST - Regional João Pessoa) conduziu a palestra “A terceirização e seus impactos nas condições de trabalho e na saúde do trabalhador”. A fala do palestrante poderia ser resumida através de 2 pensamentos de estudiosos:
Quando falamos de terceirização, estamos nos referindo a um processo de reorganização das formas de produção resultante das transformações econômicas do capitalismo do último quarto do século XX. Essas transformações irão caracterizar a reconfiguração das relações capital-trabalho dentro de um contexto, conhecido como acumulação flexível, pós-fordismo ou neofordismo, marcando um novo estágio do desenvolvimento das forças produtivas no capitalismo: novas tecnologias, novas formas de organizar a produção e de gestão da força de trabalho (Jacob Lina, Universidade Federal de São Carlos).


Para alguns autores, a terceirização já aponta impactos negativos sobre a saúde e qualidade de vida do trabalhador, ocasionando doenças e sofrimento relacionados ao trabalho. Para os autores, as novas práticas de gestão instituídas pela flexibilização e mudanças nas relações de trabalho foram intensificadas a partir da década de 1990 com a internacionalização de mercados, com o aumento da competitividade e com o avanço tecnológico. Com isso, algumas empresas passaram a recorrer à diminuição de seu tamanho e à terceirização de atividades. Esse modelo reconfigurou as relações entre capital e trabalho, já que se constitui de alternativa para que as organizações se adaptem às modificações no cenário mundial, como a necessidade de atingir altos níveis de competitividade, a imposição da redução de custos em consequência da maior liberalização comercial e adequação às mudanças tecnológicas (Mariza Barbosa e Elvira Araújo, Universidade de Taubaté).

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