quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Segurança no trabalho gera competitividade


Melhorias na segurança do trabalho podem significar vantagens econômicas para as empresas.

A segurança tem se tornado uma preocupação cada vez mais frequente nas empresas, em grande parte devido à legislação bastante rígida. Porém, além disso, pensar em como melhorar a segurança no trabalho é fundamental para reduzir custos e proporcionar um ambiente produtivo de melhor qualidade. Por isso, mais do que “apenas” respeitar as leis e fugir das multas e punições, é preciso lembrar que a segurança está diretamente relacionada a vidas humanas e os prejuízos com um acidente de trabalho são muito maiores do que apenas financeiros. Além do trabalhador que perde a vida ou a saúde, a reputação da empresa fica prejudicada e a confiança dos outros trabalhadores também é afetada.

Cultura de segurança

Já é unanimidade entre os especialistas em afirmar que o maior problema em relação aos acidentes de trabalho ainda está relacionado a questões culturais. A boa notícia é que gestores de empresas já estão percebendo que, mais do que atender à legislação, a atenção à segurança do trabalho deve ser uma medida estratégica, que visa o fortalecimento da equipe e, consequentemente, o crescimento sustentável da empresa. Não basta apenas disponibilizar os equipamentos corretos de segurança. A melhor solução é apostar na criação de uma cultura de segurança. Trata-se de promover um ambiente no qual cada um dos colaboradores tenha a exata noção do motivo de estar usando um determinado equipamento. Os empresários devem apostar em treinamentos e em metodologias que tornem o uso de equipamentos de segurança uma atitude natural.

Para Luis Stumpf, engenheiro e consultor para sistemas de segurança e adequação de maquinários da SEG Máquinas, de Curitiba (PR), as melhorias de segurança tornam a empresa mais competitiva porque trazem vantagens econômicas, como redução de custo, aumento da disponibilidade e possibilidade de atender melhor o cliente. “Vejo que as empresas que sobreviverão no futuro são aquelas bem estruturadas para avançar no sentido da valorização da segurança e tem o elemento humano como elemento forte em seus valores”, pontua.

Setor Moveleiro

Na avaliação de de Lúcio Vicari Granato, desenvolvedor de negócios da Macrotec, empresa de automação industrial para segurança, de Belo Horizonte (MG as indústrias moveleiras, movidas em grande parte pela NR12, ainda estão em fase de compreensão dessa nova realidade em segurança e começam a enxergar que esse pode ser um bom investimento. “Elas estão buscando compreender mais as normas e verificar quais são as melhores soluções, além de como elas podem ser aplicadas de forma adequada”. Ele considera que em comparação com as indústrias de bens de consumo ou automotiva, as moveleiras estão um pouco para trás. “Até mesmo porque o Ministério do Trabalho começou seus trabalhos de verificação da NR12 especialmente com os outros segmentos. Mas as empresas de móveis começam a enxergar a real necessidade de evoluir para esse nível de maturidade e muitas estão fazendo planejamento para ficar em dia com a segurança”.

Segurança

Um aspecto relevante a ser considerado quando se fala em segurança e adaptação à NR12 é a tecnologia. Nas últimas décadas, sistemas eletroeletrônicos de segurança propiciaram o surgimento de máquinas e equipamentos cada vez mais seguros, evitando ou diminuindo a possibilidade de acidentes ou agravos à saúde. “São vários exemplos de processos inovadores que estão ajudando as indústrias a reduzirem seus riscos, barreiras, sensores, treinamento em realidade aumentada, dentre outros”, explica Rosangela Fricke, gerente-executiva de Segurança e Saúde do Sistema da Federação das Indústrias do Paraná.

De acordo com Rosangela, essas tecnologias ajudam as empresas a propiciar maior grau de segurança e saúde dos trabalhadores, além de permitirem obtenção dos dados e informações relacionadas aos riscos à saúde dos trabalhadores que ajudam a empresa a estudar e direcionar de maneira mais assertiva os seus investimentos, o que traz uma melhora também nos seus indicadores financeiros.

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