Começando a pensar sobre o que escrever no meu artigo do mês durante uma de minhas viagens de trabalho, conheci uma senhora, que sentou ao meu lado no cafezinho do aeroporto e, sem eu nada perguntar, contou-me o quanto “estava desgostosa com aquela viagem de férias – que graças a Deus estava acabando – e que tanto havia sonhado, mas que desde o seu início insistia em dar errada”.
Dizia ela, que vinte dias antes começara o seu martírio, já no aeroporto de sua cidade, quando a atendente do balcão da empresa aérea lhe pediu a sua identidade e ela notou que a tinha esquecido junto com todos os seus cartões de crédito no apartamento onde morava.
Viu-se diante de um gasto inicial inesperado ao telefonar para sua sobrinha (que ficara no apartamento) para lhe mandar tais documentos urgentemente de táxi, pois caso contrário perderia o avião.
Chegando a tempo a bendita carteira, embarcou já acreditando que tudo naquela viagem daria errado, pois já havia começado errado.
Ela então me disse: eu tinha tanta razão no que afirmara, que ao desembarcar, parte de minha bagagem havia sido extraviada.
Três dias sem todas as suas roupas lhe causou um desconforto que só piorou a viagem. Ela então afirmou para si mesmo: PERDI A VIAGEM!
Puxa, fiquei imaginando: meu Deus! No terceiro dia de uma viagem de férias de vinte dias, essa senhora acaba de jogar fora os dezessete que ainda lhes faltam?
Segundo ela, para lhe dar mais certeza do que afirmara anteriormente, aconteceu-lhe de tudo: o quarto do hotel não era como imaginara; após comer uma comida típica teve um início de infecção digestiva; adquiriu uma gripe que lhe impediu de dormir direito; discutiu com uma das colegas de viagem e aí me disse que nunca mais viajaria de férias.
Pela minha experiência de vida, não dou àquela senhora mais do que quarenta e cinco anos de idade.
Dá para você imaginar o quadro? Aos quarenta e cinco anos de vida, um ser humano desiste de tirar o que é mais DESEJADO na vida de um profissional – AS FÉRIAS, simplesmente porque não sabia o que era se deparar com dificuldades?
Bem, se ela, quando notou que esquecera a carteira em casa, tivesse dito a si: QUE SORTE A MINHA, JÁ IMAGINOU SE EU SÓ NOTASSE O ESQUECIMENTO DURANTE A VIAGEM? E MEUS CARTÕES DE CRÉDITO? COMO EU PAGARIA AS CONTAS? E tivesse agradecido a Deus por Ele ter lhe dado à oportunidade de recompor o início de um enorme momento de lazer?
Não! Ela fez exatamente o contrário e sem perceber, atraiu para si todo o negativismo de seus pensamentos.
Então, hoje quero deixar para você, meu leitor, alguns conselhos para que possas refletir quando se deparar com situações análogas:
1. As dificuldades fazem parte de seu “mapa do dia”. A questão é como você irá reagir diante delas!
2. Pense sempre de forma positiva analisando o problema de vários ângulos. Assim ficará mais fácil de você entender o “porquê” daquilo ter lhe acontecido – por vezes a forma como Deus pretendeu te ajudar, como no caso da senhora que mencionei no início!
3. Não se queixe. Quando você reclama, tal qual um imã, você atrai para si toda a carga negativa de suas próprias palavras.
4. Não deixe que a saudade o(a) sufoque, que a rotina o)a)acomode e que o medo o(a) impeça de tentar.
5. Não deixe que interferências externas tumultuem o seu cotidiano. Livre-se de fofocas e comentários maldosos. Seja prestativo(a).
6. Faça o seu dia valer a pena. Viva o presente. O ansioso vive o futuro. O rancoroso o passado.
7. Nada se repete da mesma forma, tudo passa!
8. Não se esqueça de dedicar algum tempo de seu dia a Deus. Isto lhe ajudará demais!
Você merece o melhor.
Viva a vida.
Até a próxima!
Gonçalo Pontes Júnior
PALESTRANTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário