Após a confirmação do diretor de Relações Institucionais da Fiat, Antônio Sérgio Martins Melo, sobre as vagas de trabalho que serão oferecidas aos paraibanos, a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep-PB), se manifestou sobre a reunião do governador Ricardo Coutinho com a direção da Fiat, na última terça-feira, em Brasília. Para o presidente da Fiep-PB, Buega Gadelha, "várias indústrias paraibanas já foram homologadas pela Fiat para compor a cadeia produtiva da nova fábrica da empresa que será instalada no município pernambucano de Goiana - PE.
Entre os setores citados pelo presidente da Fiep que poderão ter empresas paraibanas participando da cadeia de produção da Fiat estão o de baterias e outros componentes de veículos, freios e amortecedores. “Podemos ser competitivos porque temos qualidade de preço e excelência na produção mecânica e elétrica”, ressaltou.
Referindo-se à questão da destinação das vagas de mão de obra da nova fábrica, Buega disse não ver razão para polêmica porque a equipe de funcionários será híbrida e terá funcionários, não da Paraíba e de Pernambuco, mas também de outros Estados da região, a exemplo do Rio Grande do Norte e do Ceará. “A contratação do pessoal vai depender da busca de cada um, e também da maneira com que cada um se apresente. Todos vão tentar tirar proveito dessa instalação, e temos que nos preparar para isso”, enfatizou.
O secretário executivo da Indústria e Comércio da Paraíba, Marcos Procópio, também acredita que as contratações vão se estender para toda a região, especialmente para a Paraíba. Segundo ele, o diferencial será a qualificação da mão de obra oferecida. “Está sendo elaborado um Plano de Capacitação de Pessoal para que haja profissionais capacitados quando começarem as seleções da Fiat".
http://jornaldaparaiba.com.br/noticia/72341_industrias-da-paraiba-sao-homologadas-pela-fiat
IBGE e Ideme apresentaram dados da pesquisa
Cinco cidades da Paraíba concentram 58% do PIB
Essas cidades somam R$ 16,6 bi da riqueza produzida na Paraíba. João Pessoa lidera ranking.
Por: Natália Xavier
IBGE e Ideme apresentaram dados da pesquisa
Apenas cinco municípios paraibanos concentram quase 58% das riquezas produzidas no Estado. Dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual da Paraíba (Ideme), revelam que apenas João Pessoa, Campina Grande, Cabedelo, Santa Rita e Patos concentraram 57,9% do PIB do Estado, em 2009.
Juntos, essas cinco cidades somaram R$ 16,6 bilhões do PIB, enquanto que os outros 218 municípios somaram R$ 12,099 bilhões. Não houve alteração no ranking dos cinco maiores PIBs do Estado, mas um pequeno aumento na concentração das riquezas. Em 2008, estas cidades detinham 57,69% das riquezas produzidas em todo o Estado, somando R$ 14,8 bilhões.
O município com o maior PIB é a capital, que somou R$ 8,6 bilhões, tendo uma participação de 30,1% na formação do PIB do estado, que em 2009 (ano base da divulgação), gerou R$ 28,7 bilhões em riquezas. O segundo município com a maior participação no PIB estadual foi Campina Grande (R$ 3,89 bilhões), seguido de Cabedelo (R$ 2,32 bilhões), de Santa Rita (R$ 1,13 bilhão) e de Patos (R$ 615 milhões). (Veja o quadro).
A concentração das riquezas em apenas alguns municípios, segundo o economista Geraldo Lopes, do Ideme, apesar de ser algo que precisa ser modificado e precisa de políticas públicas que proporcionem um crescimento de outros municípios do estado, é algo comum em várias unidades da federação. “Esta concentração não acontece só na Paraíba, vários outros têm apenas cinco cidades com participação de 50% ou mais no PIB.
Isto se deve à forma como a nossa economia se desenvolveu no Brasil, partindo do Litoral, com a cultura da cana-de-açúcar, para o interior”, avaliou.
Na outra ponta da tabela de participação do PIB, com as menores produções de riquezas do Estado, estão Quixaba (R$ 8,2 milhões), Areia de Baraúnas (R$ 8,8 milhões), São José do Brejo do Cruz (R$ 8,94 milhões), Amparo (R$ 9,38 milhões) e Coxixola (R$ 9,45 milhões). Assim como a Paraíba, segundo o IBGE, Amapá, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Mato Grosso também têm mais de 50% do PIB concentrado em apenas cinco cidades.
Apesar de ter participação de mais de 30% no PIB do Estado, a soma das riquezas produzidas na capital paraibana representa apenas 0,3% do PIB Nacional. Desde 2007, João Pessoa mantém esta participação e é a 20ª capital no ranking do PIB do país.
Em 2009, a Paraíba registrou crescimento real de 1,6% sobre o ano anterior. O PIB atingiu R$ 28,718 bilhões ante R$ 25,696 bilhões em 2008, um aumento de R$ 3,022 bilhões em valores absolutos.
"É preciso atrair indústria de ponta", diz IBGE
Para conseguir descentralizar a produção de riquezas no Estado, o analista do IBGE, Jorge Souza, acredita que é preciso investir na atração de indústria.
Para conseguir descentralizar a produção de riquezas no Estado, o analista do IBGE, Jorge Souza, acredita que é preciso investir na atração de indústrias de ponta e no desenvolvimento tecnológico para gerar o crescimento da atividade agrícola. “Os piores resultados foram observados nos municípios que têm a economia pautada na agricultura. Além de investir para a descentralização das atividades geradoras de renda, precisamos de ações para melhorar o desenvolvimento tecnológico das atividades primárias para que estes municípios não fiquem tão suscetíveis às intempéries da natureza”, comentou.
O secretário de Estado do Planejamento, Gustavo Nogueira, comentou que os resultados do PIB municipal serão um importante instrumento para a construção de políticas públicas que possam descentralizar a produção de riquezas na Paraíba.
“Nossa intenção é conseguir interiorizar o crescimento do Estado. Vamos nos debruçar sobre estes dados para que possamos nortear a elaboração de políticas públicas que atraiam investimentos para as cidades menores”,
O presidente do Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual da Paraíba (Ideme), Mauro Nunes, lembrou que várias regiões da Paraíba têm potencial para se desenvolver a passos mais largos. “A região do Seridó, por exemplo, possui muitas riquezas minerais que ainda não são bem exploradas. A Paraíba tem a enorme vantagem de ter potencialidade de crescimento em vários municípios do interior e com políticas públicas poderemos ter o desenvolvimento", aponta.
O presidente do Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual da Paraíba (Ideme), Mauro Nunes, lembrou que várias regiões da Paraíba têm potencial para se desenvolver a passos mais largos. “A região do Seridó, por exemplo, possui muitas riquezas minerais que ainda não são bem exploradas. A Paraíba tem a enorme vantagem de ter potencialidade de crescimento em vários municípios do interior e com políticas públicas poderemos ter o desenvolvimento", aponta.
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