Possibilidade iminente de afastamento por aposentadoria de cerca de 19 peritos médicos pode afetar atendimento do INSS em 141 municípios.
Por: Georgia Simonelly
Jornal da Paraíba
Os atendimentos aos interessados em solicitar auxílio-doença do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 141 municípios paraibanos, atendidos pela jurisdição de Campina Grande, poderão ser prejudicados devido à possibilidade iminente de afastamento por aposentadoria de cerca de 19 peritos médicos que atuam na região, o que representa 50% dos profissionais.
Caso os servidores do instituto tenham interesse em se aposentar, de forma gradual, em aproximadamente um ano, as dificuldades do trabalho dos peritos que continuarão em atividade serão multiplicadas, já que segundo o chefe da Seção de Saúde do Trabalhador da Gerência Executiva de Campina Grande, Danilo Nóbrega (membro do CPR-CGR), cinco municípios estão funcionando sem perito: São Bento, Catolé do Rocha, Itaporanga, Teixeira e Bonito de Santa Fé.
Um fator ainda mais preocupante é que o concurso público do INSS, previsto para acontecer em fevereiro, destina 375 vagas para o cargo de perito médico em todo o país, mas apenas uma delas é voltada para o comando da jurisdição, com atuação na cidade de Cajazeiras.
De acordo com Danilo, existem 38 peritos nos 16 postos da jurisdição de Campina Grande e com a saída deles, ficaria uma média de um médico por unidade, já que até janeiro o órgão pretende inaugurar mais dois postos nos municípios de Queimadas e Santa Luzia, chegando a 18 agências na região.
Segundo o gerente da agência da Previdência Social CG Tiradentes, Jobson de Paiva, somente no posto metade dos peritos podem se aposentar até o próximo ano. “Temos seis peritos na unidade, três deles estão às portas da aposentadoria, dois deles podem solicitar aposentadoria proporcional até hoje mesmo”, disse.
Além do número reduzido de servidores para realização de perícia médica, o chefe da Seção de Saúde do Trabalhador aponta outras dificuldades enfrentadas pelos peritos. Uma delas é a distância entre as cidades atendidas pelo comando local, que em algumas situações chega a cerca de 400 quilômetros, provocando em alguns casos atraso no atendimento à população. Danilo destaca também que apesar de alguns avanços ao longo dos anos, a estrutura física e logística ainda precisa de incrementos importantes.
Nos municípios onde não existe perito, o atendimento é realizado através de escalas de revezamento, nas quais os servidores viajam participando de mutirões para atender à demanda, garantindo que haja uma média de atendimento a cada dez dias úteis.
Para o gerente executivo do INSS em Campina Grande, Eleumar Meneses, o problema relacionado ao afastamento dos peritos só será percebido a longo prazo, no período de um ano. “Até lá temos tempo para negociar com o governo federal para analisar o contingenciamento de vagas ou mesmo realizar a transferência de alguns profissionais e até o remanejamento de vagas do concurso que acontece no próximo ano”, explicou.
Coparticipante
Ribamar
Ribamar
Coordenador
CPR-CG
CPR-CG
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