segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

PINI lança o livro Segurança em Altura na Construção Civil.

Publicação apresenta equipamentos, procedimentos e normas obrigatórios no dia-a-dia dos canteiros de obras, além de um estudo de caso sobre a situação atual do trabalho em altura.

Rodrigo Louzas, do Portal PINIweb.
A Editora PINI acaba de lançar o livro "Segurança em Altura na Construção Civil - Equipamentos, Procedimentos e Normas", de autoria dos professores Roberto Serta, Rodrigo Eduardo Catai e Cezar Augusto Romano.
O livro apresenta uma bibliografia de qualidade e atual sobre a segurança do trabalho voltada principalmente às atividades em altura dentro da construção civil. Além disso, a publicação traz um estudo de caso sobre a situação atual do trabalho em altura dentro de canteiros de obras.
Evidenciando a relevância do livro, a última pesquisa que se tem conhecimento sobre o assunto, realizada em 2011, mostra que a cada 100 mil trabalhadores da construção, seis morrem por acidentes no canteiro de obras. Vale ressaltar que a utilização, manutenção e conservação dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) é responsabilidade das empresas da construção civil.
Confira a entrevista com o professor Roberto Serta, um dos autores do livro.
O Brasil ainda possui um número alto de acidentes de trabalho em obras. De quem é a responsabilidade por isso?
As normas e legislações em nosso país são bem completas quanto à segurança do trabalho na construção civil, porém ainda existe uma defasagem no seu atendimento, por parte dos trabalhadores e principalmente dos empregadores que deixam de lado a aplicação destas normas e legislações. Também de uma forma geral, a realização de obras em curto prazo, sem um planejamento adequado das atividades e a falta de treinamentos contribuem para este alto índice de acidentes. Ainda temos uma falta de conscientização pelos gestores das obras, que não priorizam a segurança nos canteiros.
Quais são os equipamentos que frequentemente não são usados em trabalho em altura e que são importantes e obrigatórios segundo as normas técnicas?
Podemos dividir em dois tipos de equipamentos, sendo os EPI's (cinto de segurança e componentes de ligação) e também os EPC's (linhas de vida e pontos de ancoragem). Os EPI's são menos utilizados e, em algumas situações, utilizados de forma errada, não sendo ligados a sistemas de linha de vida ou pontos de ancoragem. Todos estes equipamentos são citados em normas técnicas.
As condições de trabalho e equipamentos necessários devem ser previstos já no projeto? Quem especifica esse tipo de equipamento?
Sim, as atividades e condições de trabalho devem ser realizadas na fase de projeto e planejamento de obras, com uma análise dos riscos das atividades e após isto planejar medidas de prevenção de acidentes. A NR 18 exige que a obra tenha o PCMAT para atender estas etapas citadas, porém este documento em algumas obras fica somente no papel e não é executado. A especificação destes equipamentos é de responsabilidade da segurança do trabalho, porém os engenheiros do projeto e de execução de obras devem de prever as medidas planejadas, assim como a implantação e utilização destas no canteiro de obras. Os gestores dos canteiros têm a responsabilidade de implementar as medidas planejadas, mantê-las e cobrar suas utilizações pelas equipes.
Cabe a quem fiscalizar o uso dos equipamentos e sua gestão dentro do canteiro de obras?
A fiscalização dentro do canteiro de obras é de responsabilidade do SESMT (Engenheiros e Técnicos de Segurança do Trabalho), assim como a própria CIPA, porém cabe ressaltar que a responsabilidade de uso é do trabalhador e de garantir que este utilize é de seu gestor, pois este é que delega as atividades a serem realizadas.
As normas técnicas especificam a durabilidade desses equipamentos? Quando trocá-los?
Todo EPI tem a sua especificação em função do risco e também é homologado pelo Ministério do Trabalho, que emite o CA (Certificado de Aprovação). Assim como qualquer outro equipamento, o EPI tem a sua vida útil em função de sua frequência de utilização e do ambiente em que é utilizado. Todo equipamento deve ser inspecionado antes de sua utilização e trocado quando estiver danificado. Por exemplo, o cinto de segurança pode estar com suas fivelas corroídas, com as fitas esgarçadas, comprometendo a resistência a que foi projetado e não garantindo a segurança do trabalhador.




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