Com casa inflável, iniciativa Casa Segura evidencia
situações de risco dentro de casa.
Foto: Getty Images
Uma casa inflável, com cômodos
de tamanhos reais e mobiliário temático, foi montada nesta terça-feira (22) na
Cinelândia, região central do Rio de Janeiro, para ensinar o público a prevenir
acidentes domésticos. A iniciativa é do Projeto Sesi Casa Segura, cujo objetivo
é orientar sobre riscos de acidentes dentro de casa que, às vezes, passam
despercebidos. A Casa Segura fica na Cinelândia até quarta-feira (23), das 8h
às 17h, e, na semana que antecede o Dia Nacional de Prevenção de Acidente de
Trabalho, mostra quais são os cuidados necessários com instalações elétricas e
hidráulicas, gás, descarte de lixo, meio ambiente e como usar corretamente os
eletrodomésticos.
Dados do Ministério da Saúde e
do Sistema único de Saúde (SUS) mostram que acidentes domésticos são a segunda
maior causa de atendimentos nas emergências hospitalares, perdendo apenas para
acidentes de trânsito. Nos centros de Assistência Integral à Saúde. esse tipo
de acidente é responsável por 20% dos atendimentos. Segundo o gerente
operacional de Segurança do Trabalho do Sesi, Ângelo Rosestolato, o obetivo do
Projeto Casa Segura é conscientizar as pessoas de que, dentro das residências,
existe tanto risco de acidente quanto nas indústrias.
"Tentamos convencer as
pessoas de que elas precisam reconhecer os riscos que existem dentro de casa. O
objetivo é identificar os riscos e minimizar os acidentes domésticos",
disse Rosestolato, que citou o risco de quedas no banheiro e de ingestão
de objetos como moeda e as possibilidades de acidentes com crianças. "O
importante é que as pessoas tomem consciência do que aprenderam aqui e, ao
chegar em casa, identifiquem os problemas para tratar da segurança no lar. A
grande lição que queremos deixar é que as pessoas identifiquem os riscos para
minimizá-los", explicou.
Além do risco de queda,
Rosestolato aponta a possibilidade de problemas com o uso inadequado de eletrodomésticos.
Ele alerta que o uso desses equipamentos interligados pode sobrecarregar a
tomada e, com isso, ocasionar um incêndio. Há também risco de problemas com
crianças, como quando há produtos químicos expostos na casa, em locais de fácil
acesso. Outro risco é representado por janelas sem proteção, pois a criança
pode acabar subindo e caindo. O circuito da Casa Segura é vivenciado pelos
visitantes e técnicos de segurança do trabalho, que mostram os riscos em cada
cômodo. As pessoas passam pela sala, pelo banheiro, quarto, pela cozinha e área
de lazer. O técnico identifica os riscos de cada cômodo e ensina os visitantes
como evitar acidentes.
Uma das técnicas de segurança
do trabalho do Sesi, Poliana Vieira, de 26 anos, lembrou a necessidade de
atenção com crianças em piscinas e baldes com água e explicou que, nesta
iniciativa, as pessoas são guiadas por uma casa inflável onde podem ser
identificados riscos comuns de acidentes, que, às vezes, as pessoas vêem, mas
não enxergam. "É preciso ver a casa com um olhar crítico, para identificar
os riscos. Um caso muito comum em casa é acriança se afogar tanto em piscinas
quanto em baldes com água. Nesses casos, é preciso ficar alerta durante o banho
e nas brincadeiras. Quando a criança é retirada da piscina, a água deve ser
jogada fora e a piscina ficar em um lugar afastado. Isso serve também para o
balde também, para evitar que a criança debruce nele ou entre na piscina e se
afogue", disse Poliana.
O gastrônomo Raphael Pinho, de
21 anos, que passava pela Cinelândia, resolveu dar uma olhada no projeto do
Sesi e gostou das dicas de segurança. "Achei a iniciativa muito legal
porque dá a quem não sabe como prevenir acidentes dentro de casa a oportunidade
de aprender um pouco aqui." Pinho disse que há muitas coisas nas quais se
acaba tropeçando e causando acidentes mais sérios dentro de casa e que, na Casa
Segura, existem orientações para evitar problemas. É muito importante passar
para as pessoas essa questão de ter cuidado, de ter segurança dentro de
casa", acrescentou.
Ao visitar a Casa Segura, a dona de casa Edelzuita
Marciano, de 43 anos, descobriu que usava a panela de pressão de maneira
errada. "Eu achei interessante. Algumas coisas eu já sabia, mas fiquei
surpresa com as orientações sobre o uso da panela de pressão. Sempre que
cozinho feijão, ponho a panela em baixo da água para tirar a pressão mais
rápido – eu não sabia que, com isso, a panela podia explodir. Para mim, era
mais seguro, mas agora eu já sei que não pode", disse.
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